GOVERNO SOB PRESSÃO - Greve na saúde de Rondônia expõe crise de gestão e insatisfação de servidores

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Redação, Porto Velho, 29 de agosto de 2025 – A rede pública de saúde de Rondônia enfrenta uma grave paralisação após servidores deflagrarem greve geral em protesto contra o que classificam como descaso do governo estadual. A mobilização, que ganhou força com a palavra de ordem “A saúde pública merece respeito”, denuncia más condições de trabalho, desvalorização profissional e falta de compromisso da gestão com a população.

Motivos da paralisação

Entre os pontos levantados pelos trabalhadores estão:

  • Falta de insumos e estrutura hospitalar – unidades de saúde sofrem com carência de medicamentos, equipamentos quebrados e sobrecarga de pacientes;
  • Defasagem salarial – profissionais reclamam de anos sem reajuste compatível com a inflação e ausência de plano de carreira;
  • Jornadas exaustivas – escalas reduzidas e déficit de servidores aumentam o desgaste físico e mental das equipes;
  • Negligência do governo – sindicalistas apontam que as negociações com o Estado não avançaram, levando à decisão de paralisação.

“Não entramos em greve por vontade, mas por necessidade. O governo não demonstra empatia com quem salva vidas diariamente. Sem respeito, não há como continuar”, declarou uma representante sindical.

Impacto direto na população

Hospitais e unidades de pronto-atendimento funcionam apenas com equipes reduzidas, atendendo casos de urgência e emergência. Consultas eletivas, exames e cirurgias programadas foram suspensos, prejudicando milhares de pacientes em todo o estado.

Relatos de usuários dão conta de longas filas, demora nos atendimentos e transferência de pacientes para municípios vizinhos. Em Porto Velho, famílias acamparam em frente ao Hospital de Base pedindo solução imediata.

Reação do governo

O governo estadual classificou a greve como “prejudicial à população” e afirmou, em nota, que está aberto ao diálogo, mas que a paralisação compromete os serviços essenciais. A gestão também citou limitações orçamentárias e dificuldades impostas pela queda de repasses federais.

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Até o momento, não houve acordo. Uma reunião entre representantes do sindicato e do Executivo está prevista para os próximos dias.

Apoio popular e repercussão política

Nas redes sociais, a greve ganhou apoio sob a hashtag #SaúdePúblicaMereceRespeito, mobilizando não apenas servidores, mas também pacientes e familiares que enfrentam diariamente o colapso do sistema.

Lideranças políticas da oposição criticaram o governo, acusando-o de falta de planejamento e de desprezar a saúde como prioridade. Já aliados da gestão defendem que a crise é nacional e afeta todos os estados.

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Um retrato da crise

O movimento dos servidores da saúde em Rondônia escancara um problema crônico no país: a precarização do Sistema Único de Saúde (SUS). A paralisação é, ao mesmo tempo, um pedido de socorro e um grito de resistência de quem está na linha de frente.

Enquanto o impasse não se resolve, a população segue sendo a principal vítima da falta de diálogo e da ausência de políticas públicas eficazes.

Fonte: noticiastudoaqui.com


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