Porto Velho vive fim e meio de semana com celebrações marcados por temporais e alagações




O fim de semana que deveria ser apenas de festa, confraternização e clima natalino em Porto Velho acabou se transformando também em um período de tensão e prejuízos para centenas de moradores.

A cidade viveu dias de contrastes intensos, marcados pela alegria das celebrações na Praça da Cidade e pela tristeza gerada pelos temporais que atingiram a capital no domingo e novamente nesta quarta-feira.

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A festa que encantou Porto Velho

O chamado “Lado A” do fim de semana foi a presença de milhares de pessoas na Praça da Cidade, totalmente decorada e estruturada para o período pré-natalino. Luzes, apresentações culturais, áreas instagramáveis e atrações inéditas para o público transformaram o local em um ponto de encontro da população, que aproveitou o clima festivo em família.

O grande fluxo de visitantes consagrou a iniciativa como uma das mais movimentadas e elogiadas do ano, reforçando o ambiente de celebração que tomou conta da capital.

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O temporal que apagou o brilho da festa

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Mas a alegria deu lugar à preocupação na noite de domingo, quando um forte temporal atingiu Porto Velho. Choveu intensamente em várias regiões, e o acúmulo rápido de água provocou alagamentos em diversos bairros da Capital com as águas invadindo as casas em vários bairros da cidade.

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Em áreas onde ainda há déficit na limpeza pública, o impacto foi ainda maior. Entulhos, lixo acumulado e canais obstruídos contribuíram para o transbordamento de galerias e bueiros, agravando a situação.

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Na segunda-feira, os refletores das festas deram lugar ao cenário de ruas tomadas por lama, casas invadidas pelas águas e vias em que os canais simplesmente não suportaram o volume da chuva. Em muitos dos pontos críticos, moradores relataram que canais não recebiam limpeza há muitos anos.

Onde houve ação preventiva, os alagamentos diminuíram

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Apesar dos transtornos, a Prefeitura destacou que as áreas que já receberam projetos de drenagem, limpeza profunda de canais e instalação de sistemas de retenção de lixo apresentaram redução significativa dos alagamentos.

Esses pontos confirmam o impacto positivo de medidas estruturantes, mas também evidenciam a necessidade de ampliar ações para outras regiões da cidade.

Prefeito Léo Moraes percorre áreas afetadas

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O prefeito Léo Moraes esteve pessoalmente nos locais mais atingidos, acompanhando equipes de limpeza, vistoriando canais e conversando com moradores. Em vídeos publicados nas redes sociais, ele mostrou trechos onde a água não escoavam devido ao acúmulo de lixo, destacando:

“Há locais onde os canais não recebiam limpeza há mais de dez anos. Estamos trabalhando dia e noite para melhorar a vazão e reduzir os impactos das chuvas.”

Mesmo assim, Léo reconheceu que o problema das alagações de Porto Velho é histórico e complexo, afirmando que “ainda estamos muito longe de resolver esse trágico problema de forma definitiva”.

Ações emergenciais no bairro Ulysses Guimarães

Um dos locais mais afetados foi o bairro Ulysses Guimarães, na zona Leste. Várias casas foram tomadas pela água no domingo, e moradores precisaram improvisar para salvar móveis e pertences.

Atendendo pedidos de socorro, a Prefeitura enviou equipes e iniciou um grande trabalho de drenagem, abertura de canais e desobstrução de bueiros. Técnicos da Seinfra identificaram:

  • bueiros completamente entupidos por garrafas, sacolas e entulho;
  • canal principal do bairro sem limpeza profunda há mais de 10 anos;
  • ruas onde a água não escoava por falta de manutenção estrutural.

Em vídeo, o prefeito mostrou a enorme quantidade de lixo removida do canal — material que represava a água e inundava as ruas Peixes e Gêmeos.

Já melhoramos vários pontos da cidade e vamos avançar ainda mais, mas ainda há muito a ser feito”, afirmou Léo Moraes.

Temporais devem continuar: e o desafio também

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Com a previsão de mais chuvas fortes para os próximos dias, a Prefeitura segue em força-tarefa para minimizar danos, atuando na limpeza de bocas de lobo, reforço de drenagem e atendimento direto à população afetada.

A batalha contra as alagações é antiga e exige investimentos pesados em saneamento básico, modernização da drenagem urbana e, sobretudo, conscientização da população sobre o descarte correto de lixo, que continua sendo um dos principais fatores que agravam os transtornos.


Fonte: noticiastudoaqui.com



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