
Redação, Porto Velho RO, 27 de novembro de 2025 - O ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), voltou ao centro do debate político estadual após declarar, em postagem nas redes sociais, que setores da política rondoniense estariam atuando para impedir sua candidatura ao Governo de Rondônia em 2026. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (26) e repercutiu fortemente no meio político, provocando discussões sobre os bastidores da sucessão ao Palácio Rio Madeira.
Segundo Hildon, há uma narrativa sendo construída para enfraquecer sua presença na disputa. Ele cita comentários que têm ouvido dentro do próprio meio político, como: “O Hildon está sem grupo” ou “Não me querem no Palácio de Governo”. Para o ex-prefeito, essas críticas estariam relacionadas justamente ao tipo de administração que conduziu na capital.

“Foram oito anos de trabalho sério, sem escândalos, sem secretários envolvidos em malfeitos e com resultados concretos para Porto Velho. Talvez seja exatamente isso que incomoda”, afirmou o ex-gestor.
Resistência dentro do meio político tradicional
Hildon reforça que sente uma rejeição velada por parte de grupos políticos tradicionais, afirmando:
“Eu tenho o sentimento de que, de uma forma geral, o meio político tradicional não nos quer no Palácio Rio Madeira. Eu sinto isso.”
O posicionamento é interpretado como um recado direto às lideranças que tentam reorganizar o tabuleiro político de 2026, num cenário marcado por disputas internas, alianças instáveis e busca por protagonismo.
Distanciamento de antigos aliados
Outro ponto que evidencia o desafio de Hildon em consolidar sua pré-candidatura é o afastamento de antigos aliados, especialmente o deputado federal Maurício Carvalho, que já compôs projetos políticos conjuntos com o ex-prefeito, mas agora segue trajetória própria.
Maurício — junto com sua irmã, a também deputada federal Mariana Carvalho — tem fortalecido um projeto familiar para as próximas eleições, mantendo distância estratégica de Hildon. O rompimento silencioso entre eles evidencia a disputa por espaço dentro das forças de direita e centro-direita do estado.
Dificuldade para formar grupo político

Apesar de ter deixado a prefeitura com avaliação positiva em áreas como infraestrutura, gestão financeira e modernização administrativa, Hildon enfrenta um obstáculo recorrente: a dificuldade em formar um grupo político competitivo.
Especialistas apontam que sua gestão, considerada por muitos como “técnica e rígida”, gerou respeito popular, mas criou arestas dentro de setores tradicionais que operam a base das alianças, concessões e composições partidárias.
Com isso, a narrativa de que “Hildon não tem grupo” tem sido usada por opositores para enfraquecer sua possível candidatura.

Caminho até 2026 e cenário eleitoral incerto
A disputa pelo governo estadual em 2026 ainda está em construção. Enquanto alguns nomes já circulam nos bastidores — incluindo jovens lideranças e figuras com maior articulação partidária — Hildon Chaves tenta consolidar seu espaço com base em duas frentes:
- a narrativa de gestão eficaz e sem escândalos;
- o discurso de resistência a práticas políticas tradicionais.
Analistas observam que, caso consiga montar um bloco sólido, o ex-prefeito pode se tornar um dos nomes mais competitivos do pleito, com forte atuação em Porto Velho e boa aceitação no setor empresarial.
Fonte: noticiastudoaqui.com