O papa Francisco morreu aos 88 anos, segundo comunicado do Vaticano neste segunda-feira (21), após 12 anos de pontificado.
Além de liderar a Igreja Católica, o papa é o chefe de Estado de uma nação: o Vaticano, o menor país do mundo em extensão territorial. Cercada pela cidade de Roma, a Santa Sé teve a soberania estabelecida em 1929 no chamado Tratado de Latrão, entre o papa Pio XI e o então líder italiano Benito Mussolini.
Como praticamente todos os países do mundo, o Vaticano tem uma força armada, mas que leva o nome de outro país. É a chamada Guarda Suíça, que protege o papa e as residências oficiais do pontífice há mais de cinco séculos.
No período em que não há um papa definido, após uma morte ou renúncia, a Guarda Suíça é incumbida de proteger o Colégio de Cardeais do conclave quando a Igreja entra no período conhecido como Sé Vacante.
Para além desde momento, o grupo é responsável por fazer a segurança pessoal do papa, incluindo em viagens ao exterior.
Os guardas são facilmente reconhecidos pelos seus coloridos uniformes renascentistas usados em ocasiões cerimoniais. As cores azul, vermelho e amarela foram pensadas por Jules Répond, comandante da guarda entre 1910 e 1921.
Apesar de o Vaticano ter sido instituído há menos de cem anos, a Guarda Suíça começou a proteger o líder da Igreja Católica em 1506 por ordem do papa Júlio II. Na época, mercenários suíços foram os escolhidos, mas não por acaso. Eles serviram outras nações europeias durante conflitos e revoltas e, aos poucos, ganharam a reputação de serem corajosos e até invencíveis em países como a Itália, a Espanha e a França.
Um contingente de 150 homens foi designado, inicialmente, para proteger o pontífice. Em poucos anos, eles ganharam o título oficial de “Guardiões da liberdade da Igreja”.
Em de 6 de maio de 1527, o grupo passou por um dos maiores testes da sua existência: o Saque de Roma. Tropas rebeldes do imperador do Sacro Império Romano-Germânico, Carlos V, invadiram a cidade em um ataque contra o papado.
Dezenas de homens da Guarda Suíça morreram, mas os sobreviventes foram cruciais para que o então papa, Clemente VII, escapasse para o Castelo de Sant’Angelo, em Roma. Apesar da fuga, o papado perdeu a batalha para o imperador, que enviou um contingente militar que superava o número de guardas suíços. Mesmo assim, os soldados do papa ficaram conhecidos, mais uma vez, por demonstrarem coragem e autossacrifício em nome do pontífice, já que mais de 100 acabaram morrendo em combate.
Até hoje, a data do início do Saque, 6 de maio, é lembrada pela Guarda Suíça, que homenageia os combatentes mortos naquele dia em uma cerimônia no Vaticano. É também neste dia em que novos integrantes prestam juramento e passam a fazer parte oficialmente da Guarda.
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