Marcus Arduini Monzo matou adolescente de 14 anos e feriu outras pessoas durante surto psicótico em 2024

Redação, 25 de junho de 2025 - O brasileiro Marcus Arduini Monzo, ex-motorista de entregas da Amazon, foi condenado nesta quarta-feira (25) pelo assassinato brutal do adolescente britânico Daniel Anjorin, de 14 anos, com uma espada de samurai, em um ataque que durou cerca de 20 minutos nas ruas de Hainault, região leste de Londres. O crime, ocorrido no ano passado, causou comoção nacional e reacendeu debates sobre saúde mental, uso de drogas e extremismo online.

Segundo informações da imprensa britânica, o adolescente foi atacado fatalmente enquanto caminhava para a escola. Além de Daniel, outras pessoas — entre elas policiais — também foram feridas por Monzo, que portava uma espada comprada online. Câmeras de segurança e relatos de testemunhas ajudaram a reconstruir a sequência de violência, descrita como “indiscriminada” e “caótica”.

Durante o julgamento, a defesa de Monzo alegou que ele sofria de psicose induzida por drogas e teria agido sob alucinações, acreditando estar dentro do universo fictício de “Jogos Vorazes” e sendo perseguido por “alienígenas lagartos malignos”. Antes do atentado, ele matou e esquartejou seu próprio gato, episódio que foi considerado um dos sinais claros do seu estado mental alterado.

As investigações também revelaram que o brasileiro gastou mais de £1.400 (cerca de R$ 10.500) na compra de espadas nos meses anteriores ao crime. Autoridades apontaram ainda que Monzo demonstrava interesse por conteúdos de influenciadores extremistas e grupos incels, uma subcultura online associada ao ódio misógino e comportamentos violentos.

O tribunal, no entanto, rejeitou a tese de insanidade total e considerou que Monzo tinha consciência parcial dos seus atos, classificando-o como altamente perigoso. A sentença prevê prisão perpétua, com possibilidade de revisão apenas após longos anos de detenção.

A morte de Daniel Anjorin provocou uma onda de luto na comunidade escolar e local. Memorials foram feitos em homenagem ao jovem, descrito por professores e amigos como um aluno exemplar e gentil. "Nada trará meu filho de volta, mas esperamos que a justiça feita hoje evite que outras famílias passem pela dor que sentimos", declarou a mãe da vítima, em pronunciamento emocionado após o julgamento.

O caso reacende o debate sobre a facilidade de acesso a armas brancas no Reino Unido, o consumo desregulado de conteúdos violentos na internet, e a urgência de ampliar o acompanhamento de saúde mental, especialmente entre imigrantes e pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Fonte: noticiastudoaqui.com