
O Ministério Público de Rondônia (MPRO) deflagrou nesta terça-feira (7) a segunda fase da Operação Arigós, que investiga um esquema de desmatamento ilegal na Estação Ecológica Soldados da Borracha, unidade de conservação que abrange áreas dos municípios de Porto Velho, Cujubim e Machadinho do Oeste.
Durante a ação, o MPRO obteve na Justiça o bloqueio de bens e valores que somam R$ 605 milhões, além da apreensão de veículos, máquinas agrícolas, gado e equipamentos supostamente utilizados nas atividades criminosas. As medidas cautelares foram autorizadas pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Porto Velho.
Segundo o Ministério Público, o grupo investigado teria promovido fraudes em contratos de compra e venda de terras e utilizado laranjas (interpostas pessoas) para ocultar os verdadeiros proprietários das áreas invadidas, com o objetivo de escapar das penalidades legais.
As apurações indicam que as ações resultaram no desmatamento de cerca de 8 mil hectares de floresta nativa, o equivalente a mais de 11 mil campos de futebol, dentro da área de proteção ambiental.
A operação contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Núcleo de Combate ao Crime Ambiental (NUCAM), do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (GAEMA), além da Polícia Civil de Machadinho do Oeste e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/RO).
O MPRO informou que as investigações continuam para identificar outros envolvidos e mensurar o total dos danos ambientais causados.