
Redação, Porto Velho, RO, 05 de setembro de 2025 - Em um desdobramento investigativo surpreendente, a Polícia Federal prendeu, em 4 de setembro de 2025, um homem suspeito de usar ao menos cinco identidades falsas para fraudar benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e conseguir empréstimos consignados.
Segundo a PF, o prejuízo total estimado alcança R$ 7,7 milhões.
Como funcionava o esquema
O investigado operava com cinco cadastros simultâneos no sistema do INSS, permitindo que recebesse R$ 3,3 milhões em benefícios previdenciários indevidos e R$ 1,4 milhão em empréstimos consignados em nome de pessoas fictícias.
A fraude envolvia intermediários como correspondentes bancários que facilitavam a liberação dos empréstimos, e advogados registrados na OAB, suspeitos de criar empresas de fachada para dar aparência de legalidade às transações ilícitas.
Como a fraude foi descoberta
O esquema só veio à tona durante a investigação de um atentado criminoso contra a sede de um jornal eletrônico. Ao apurar os suspeitos envolvidos, a PF identificou o uso de múltiplas identidades falsas, o que levou à nova linha investigativa com foco na fraude ao INSS.
Acusação e crimes em apuração
O homem e os envolvidos podem responder por diversos crimes, incluindo:
- Estelionato previdenciário
- Falsidade ideológica
- Uso de documento falso
- Falsificação de documento público
- Outros crimes em investigação pela PF
Panorama do caso
Item | Detalhes |
---|---|
Local da prisão | Porto Velho, Rondônia |
Fraude estimada | R$ 7,7 milhões (R$ 3,3 mi em benefícios + R$ 1,4 mi em empréstimos) |
Identidades falsas | Cinco registros simultâneos no INSS |
Participantes do esquema | Correspondentes bancários, advogados suspeitos de auxiliar na criação de empresas-fachada |
Ponto de partida da investigação | Apuração do atentado contra jornal gerou pistas sobre fraude previdenciária |
Contexto mais amplo das fraudes ao INSS no Brasil
Embora o caso em Rondônia seja de grande magnitude, ele se soma a uma série de fraudes previdenciárias que vêm sendo investigadas nacionalmente. A Operação “Sem Desconto”, deflagrada em abril de 2025, revelou esquema que causou prejuízo superior a R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024, envolvendo descontos irregulares de benefícios por entidades não autorizadas.
As investigações apuraram envolvimento de servidores públicos, lobistas e empresas envolvidas no desvio de recursos do INSS.
Considerações finais
A prisão representa uma ação contundente da Polícia Federal contra fraudes estruturadas contra o sistema previdenciário. O caso ressalta a vulnerabilidade dos sistemas de concessão de benefícios diante de esquemas sofisticados que envolvem agentes legais e empresas-fantasma.
As investigações prosseguem para mapear toda a estrutura do esquema e responsabilizar os envolvidos.
Fonte: noticiastudoaqui.com