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'GOVERNO PARALELO' DAS ONG'S - No Dia da Amazônia Mutirão dos Povos reforça chamado por justiça climática


Redação, Brasília, 5 de setembro de 2025 - Durante as celebrações do Dia da Amazônia, movimentos sociais, comunidades tradicionais e organizações indígenas protagonizaram atos em várias capitais, incluindo Brasília, reivindicando soberania, justiça climática e proteção dos territórios diante da crise ambiental.

No centro das mobilizações estava o documento “Declaração do Mutirão dos Povos da Amazônia para COP 30: A resposta somos nós”, elaborado solidariamente pelos povos durante o Mutirão dos Povos, realizado em Belém em julho.

O que aconteceu

Em Brasília, os atos reuniram indígenas, extrativistas, ribeirinhos e povos do campo, que empunharam mensagens como “Território protegido, Brasil soberano” e “Amazônia livre de petróleo e gás”. O documento entregue à presidência da COP 30 (prevista em novembro em Belém) reforça a reivindicação por políticas que priorizem os direitos territoriais e o protagonismo amazônico na agenda global.

Demandas apresentadas

Assinado por 19 organizações, o texto exige:

  • Reconhecimento legal e demarcação imediata dos territórios indígenas, quilombolas e extrativistas.
  • Fim da exploração predatória de petróleo e gás na região.
  • Reconhecimento da Amazônia como um bem comum da humanidade.
  • Encerramento da violência contra os povos que mantêm a floresta viva.

Contexto político e climático

O mutirão ocorre em um momento crítico: a Amazônia já enfrentou secas intensas em 2023 e 2024, além do avanço do desmatamento privado e da mineração ilegal. O bioma é central para os estoques globais de carbono, e sua proteção está diretamente vinculada aos objetivos climáticos globais — em especial a contenção da elevação da temperatura média até 1,5 °C.

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Vozes da mobilização

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Líderes como Alana Manchineri (Assessor Internacional da COIAB) ressaltaram a força da mobilização indígena:

“Somos os povos que, por gerações, temos mantido o equilíbrio natural da Amazônia para o Brasil e para o Mundo. A resposta para essa crise pode vir da colaboração verdadeira entre os povos que cuidam da Terra.”

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Iury Paulino, coordenador nacional do MAB, complementou:

“Defender a Amazônia é defender o Brasil. Soberania começa com o respeito aos territórios e aos povos.”

Ampliação da mobilização

Além de Brasília, cerca de 20 ações ocorreram em ao menos oito estados nos primeiros dias de setembro. A programação abraça atividades culturais, debates públicos, feiras e intervenções urbanas com foco na interligação entre saberes tradicionais, educação popular e ativismo climático.

Em Belém, a programação do dia incluiu uma aula pública com três estações temáticas:

  1. COP30 na Quebrada – impactos sociais de megaeventos.
  2. Saberes Ribeirinhos – junção da ciência climática com conhecimento ancestral.
  3. Lambe-lambe Poético – intervenção urbana visual com fanzines, transformando arte em manifesto.

Importância da mobilização

Ao focar no lema “Celebrar a Amazônia e os biomas é soberania”, os organizadores reforçam que proteger os povos e a floresta é questão de autonomia nacional e integridade climática. Segundo os movimentos, sem desintrusão dos territórios e respeito aos direitos ancestrais, não haverá floresta nem um planeta sustentável para as próximas gerações.

Em síntese:

  • A mobilização aconteceu em 5 de setembro de 2025, Dia da Amazônia, com atos em Brasília e em pelo menos oito estados.
  • A pauta central foi a justiça climatológica, soberania territorial e proteção dos povos tradicionais.
  • A Declaração do Mutirão dos Povos da Amazônia será apresentada na COP 30.
  • A atuação reforça a união entre movimentos indígenas, quilombolas, extrativistas e ribeirinhos, com demandas por demarcação, fim da exploração de fósseis na floresta e reconhecimento internacional da Amazônia como patrimônio.


Fonte: noticiastudoaqui.com


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