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Ainda sorridentes e resilientes, mas carregando bagagens de mão, santos e símbolos religiosos da forma como era possível, assim freiras brasileiras foram expulsas da Nicarágua.
Essa foi a foto publicada na reportagem publicada pela CNN sobre um grupo de freiras brasileiras que teve que sair às pressas de um convento na cidade de Leon, a 90 km de Managua, a capital da Nicaragua, país governado pelo ditador Daniel Ortega.
A invasão, segundo outra matéria, publicada pelo site do vaticano, ocorreu no convento onde funcionava a Fraternidade dos Pobres de Jesus Cristo, onde as missionárias brasileiras trabalhavam no auxílio à população local, ocorreu à meia noite do domingo para segunda-feira (4), por homens da polícia, a mando do governo.
Para não serem presas, a exemplo do que tem corrido com padres e outras freiras do país, a solução foi obedecer as ordens e partir imediatamente em um ônibus que as aguardava para fazer a deportação. Como destino, El Salvador, um país vizinho.
“Um grupo de freiras brasileiras da organização “Fraternidad Pobres de Jesucristo” anunciou na segunda-feira (3), por meio de um comunicado, que continuará seu serviço em El Salvador, após sete anos realizando trabalho religioso e humanitário na Nicarágua.
Vários defensores dos direitos humanos e pessoas próximas às religiosas denunciaram no domingo (2) que a polícia da Nicarágua invadiu o local onde viviam. Eles até pediram respeito por sua integridade.”, disse a CNN.
E prosseguiu, explicando a terrível perseguição imprimida por Ortega à igreja católica em seu país:
“A organização “Fraternidad Pobres de Jesucristo”, movimento que nasceu no Brasil e está presente em uma dezena de países, caracteriza-se por gerir alimentos e atender necessidades básicas de grupos em situação de risco social.
O governo do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, mantém uma campanha contra a Igreja Católica da Nicarágua”, esclareceu, ainda, a matéria.
Ele disse recentemente que a Igreja faz parte de uma rede de lavagem de dinheiro que supostamente envolve pessoas anteriormente condenadas por “traição à pátria” e várias dioceses do país, sem dar detalhes específicos, segundo um comunicado de imprensa divulgado pela Polícia Nacional.
As anunciadas investigações de lavagem de dinheiro representam o último episódio de uma série de ações empreendidas pelo regime de Ortega contra a Igreja Católica, que só neste ano registrou o fechamento de uma universidade na Arquidiocese de Manágua, prisões de padres, expulsão do país das freiras e o corte das relações diplomáticas com o Vaticano.
Aqui no Brasil, um vergonhoso silêncio...
“A CNN questionou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que disse não haver posicionamento por enquanto. A Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) também foi contatada, mas ainda não houve retorno.”, concluiu a reportagem
Até o momento, o governo Lula também não emitiu uma só nota sobre a terrível perseguição contra a igreja na Nicaragua, mesmo após vitimar as missionárias de nosso país.
(jornaldacidadeonline)
