Redação, 18/06/2025 – O Brasil oficializou nesta quarta-feira (18) sua condição de país livre da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1), conhecida como gripe aviária. A autodeclaração foi enviada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e marca um passo estratégico na tentativa de reabrir mercados internacionais que impuseram barreiras sanitárias ao produto brasileiro.
A medida surge após meses de monitoramento rigoroso, contenção de focos pontuais da doença e intensificação das ações de vigilância em todo o território nacional. O status sanitário é fundamental para restabelecer a confiança de países importadores, que chegaram a suspender temporariamente a compra de carne de frango brasileira após registros isolados da doença em aves silvestres e de criação não comercial.
De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a autodeclaração deve acelerar o reconhecimento internacional do status sanitário do Brasil, possibilitando a retomada de embarques a mercados estratégicos. Entre os países que haviam imposto restrições estão China, Japão e União Europeia, importantes destinos da proteína brasileira.
“Trata-se de um marco para o setor. O Brasil mantém um dos sistemas de defesa sanitária mais eficientes do mundo, e agora temos mais segurança para retomar e até ampliar nossas exportações”, afirmou Ricardo Santin, presidente da ABPA.
O Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, registrou casos esporádicos de gripe aviária a partir de maio de 2023, principalmente em aves silvestres e, em menor número, em criações não comerciais. Não houve contaminação em granjas industriais, o que permitiu ao país manter seu status de livre da doença em produção comercial perante a OMSA — critério essencial para continuar exportando.
Ainda assim, alguns parceiros comerciais adotaram posturas mais restritivas, suspendendo importações de regiões específicas ou do país como um todo. A reação levou o governo brasileiro a investir em campanhas de vigilância, rastreabilidade e biossegurança, além de reforçar a comunicação com organismos internacionais e autoridades sanitárias estrangeiras.
A expectativa do governo e do setor privado é de que a autodeclaração enviada à OMSA sirva como base técnica para negociações bilaterais e acelere a liberação de cargas retidas ou a reabilitação de plantas exportadoras suspensas.
O Ministério da Agricultura reforçou que continuará com ações preventivas e monitoramento constante, especialmente nas rotas migratórias de aves silvestres, para evitar novos focos da doença.
O setor de carnes de frango é um dos pilares do agronegócio brasileiro. Em 2024, o país exportou mais de 5 milhões de toneladas da proteína, gerando cerca de US$ 10 bilhões em receitas. A suspensão temporária imposta por alguns países chegou a gerar perdas estimadas em US$ 500 milhões, segundo a ABPA.
Com o novo status sanitário, o Brasil busca reconquistar espaço nos mercados internacionais, fortalecer sua imagem como fornecedor confiável e manter a liderança global no setor.
Fonte: noticiastudoaqui.com
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