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VAMPIROS DA NAÇÃO - O Parlamento do Brasil é o mais caro entre os países democráticos; supera EUA, o mais rico do mundo

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Redação, de julho de 2025 - Brasília – Em um cenário de instabilidade fiscal e clamor por cortes de gastos públicos, o Brasil ostenta um título incômodo: o de Parlamento mais caro entre as democracias ocidentais. Cada deputado federal brasileiro custa, em média, R$ 3,2 milhões por ano aos cofres públicos, somando salários, verbas de gabinete, benefícios e auxílios — valor que supera com folga os gastos com parlamentares em países como Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido.

A comparação internacional escancara um desequilíbrio preocupante: embora os salários de parlamentares em países desenvolvidos também sejam elevados, os gastos indiretos são bem mais controlados, com sistemas centralizados, transparentes e amparados por rigorosos mecanismos de fiscalização.

Quanto custa manter um deputado?

Os números impressionam. Um deputado federal brasileiro recebe:

  • Salário base: R$ 46,3 mil por mês
  • Cota para o exercício da atividade parlamentar: cerca de R$ 45 mil mensais (varia por estado)
  • Verba de gabinete: R$ 125 mil mensais (para contratar até 25 assessores)
  • Auxílio-moradia ou apartamento funcional: R$ 4,2 mil mensais
  • Outros benefícios: como passagens aéreas, telefonia, alimentação e combustível

No total, cada parlamentar custa ao contribuinte aproximadamente R$ 273 mil por mês, ou seja, mais de R$ 3 milhões por ano — sem considerar aposentadorias, planos de saúde e outros encargos futuros.

Comparativo internacional

  • Estados Unidos: um congressista custa em média US$ 500 mil anuais (cerca de R$ 2,7 milhões)
  • Alemanha: parlamentares têm salário bruto de cerca de € 10 mil por mês e poucos assessores
  • Reino Unido: parlamentares ganham £ 86 mil por ano (cerca de R$ 580 mil), além de um orçamento restrito para despesas de mandato
  • França: custo total gira em torno de € 700 mil anuais por deputado, com limites rígidos de uso

Baixa produtividade e transparência questionada

O elevado custo do Congresso brasileiro contrasta com índices de produtividade legislativa frequentemente questionados e com críticas à transparência na gestão de recursos. Especialistas apontam que o modelo atual favorece o uso excessivo e pouco fiscalizado de verbas públicas.

“Temos um modelo generoso e pulverizado, que multiplica custos e dificulta o controle social. Não há justificativa para gastar tanto com tão pouco retorno legislativo”, afirma o cientista político Eduardo Grin, da FGV.

Além disso, os gastos com assessores — que podem chegar a mais de 25 por parlamentar — têm sido alvo constante de denúncias sobre nepotismo e contratações políticas.

Debate sobre reforma do Legislativo

A divulgação dos dados reacende o debate sobre a necessidade de reformar o sistema de custeio do Parlamento brasileiro. Propostas de redução do número de assessores, unificação de verbas e maior transparência nos gastos são defendidas por entidades como o Transparência Brasil e o Contas Abertas.

Por enquanto, no entanto, não há consenso no Congresso para rever os próprios privilégios — e o Brasil segue liderando o ranking de custos parlamentares, à frente até de potências econômicas que têm orçamentos muito maiores.

Fonte: noticiastudoaqui.com

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