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LADRÕES DE TERRA - PF indicia grupo de grileiros por fraude no Incra com uso de laranjas no Pará; R$ 600 milhões bloqueados

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Esquema envolvia documentos falsos para liberar terras públicas, que eram revendidas ou usadas como garantia em empréstimos


Redação, 03 de julho de 2025 – A Polícia Federal indiciou oito pessoas envolvidas em um esquema de grilagem de terras públicas no Pará, que utilizava documentos fraudados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para legalizar irregularmente áreas da União. O grupo usava “laranjas inconscientes” para encobrir as fraudes e facilitar a liberação de propriedades que depois eram vendidas ou utilizadas como garantia em operações de crédito bancário.

Entre os indiciados está Debs Antônio Rosa, apontado pela investigação como o principal líder da organização criminosa. Preso no final de março durante uma operação da PF, Debs é acusado de ser o articulador central do esquema, responsável por planejar e coordenar a inserção de informações falsas nos sistemas de controle fundiário e ambiental do governo federal.

Segundo relatório da PF, Debs era o “beneficiário direto dos registros cartorários e cadastros ambientais manipulados”, além de comandar a produção e disseminação dos documentos ideologicamente falsos utilizados nos sistemas CAR (Cadastro Ambiental Rural), SIGEF (Sistema de Gestão Fundiária), SNCR (Sistema Nacional de Cadastro Rural) e DCR (Declaração de Cadastro Rural).

Fraudes sofisticadas e prejuízo ao patrimônio público

O grupo atuava com alto nível de sofisticação, forjando documentação e simulando processos de regularização fundiária. Muitas das terras invadidas foram posteriormente inseridas em cadastros ambientais e fundiários como se fossem propriedades legítimas. Com isso, os grileiros obtinham registros falsos que davam aparência de legalidade às ocupações irregulares.

As áreas, muitas vezes localizadas em regiões de floresta pública ou zonas de interesse para reforma agrária, eram então negociadas no mercado clandestino de terras ou utilizadas como ativos para a obtenção de empréstimos bancários fraudulentos, ampliando o lucro do grupo.

Investigação segue em andamento

A PF segue com as investigações para identificar outros envolvidos e aprofundar a origem dos documentos utilizados. Os crimes investigados incluem organização criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, grilagem e lavagem de dinheiro.

O caso reforça a preocupação de autoridades ambientais e fundiárias com o uso criminoso de ferramentas oficiais para legalizar a apropriação ilegal de terras públicas, uma prática que compromete não apenas o patrimônio da União, mas também os esforços de preservação ambiental e reforma agrária.

Fonte: notíciastudoaqui.com

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