Redação, Brasília (DF), 25 de setembro de 2025 - Durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, nesta quinta-feira (25), o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido na mídia como o “Careca do INSS”, rejeitou veementemente as acusações que o vinculam ao esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social.
Defesa e argumentos apresentados
Antunes sustenta que nunca obteve patrimônio de forma ilícita e que sempre agiu de maneira transparente:
- “Nunca possuí patrimônio oriundo de roubo ou de qualquer prática ilícita”, afirmou em seu depoimento. Ele também garantiu que não ocultou bens, seja no Brasil ou no exterior.
- Reconheceu possuir um imóvel no exterior, mas defendeu que sua aquisição se deu por meio da venda de um bem no Distrito Federal, utilizando recursos oriundos de seus negócios legais.
- Como parte de sua estratégia probatória, disse ter colocado à disposição da comissão mais de 180 gigabytes de documentos, equivalentes a cerca de 18 milhões de páginas, para demonstrar que não há “narrativas fantasiosas” a respeito de seus atos.
Contexto da CPMI e dos questionamentos
A investigação da CPMI busca apurar um complexo esquema de fraudes envolvendo descontos indevidos de benefícios previdenciários, contratos com prestadoras de serviço e outras irregularidades vinculadas ao INSS. O “Careca do INSS” figura como um dos principais alvos da comissão.
Durante o depoimento, o empresário disse que está “à disposição da Justiça para esclarecer tudo o que for necessário” e negou “narrativas mentirosas” que o envolvem.
Reações institucionais e próximos passos
A CPMI manterá a agenda de depoimentos nas próximas semanas, convocando outros suspeitos e envolvidos. O prazo inicial da comissão é de 180 dias — salvo interrupções por recesso parlamentar —, com o relatório final previsto para ser apresentado até dezembro.
A fala de Antunes marca uma tentativa pública de rebater as acusações e de projetar uma imagem de cooperador com o processo investigativo. Resta à comissão e aos órgãos de controle verificar, a partir da documentação apresentada e de diligências, se as alegações de legalidade resistirão ao escrutínio institucional.
Fonte: noticiastudoaqui.com