
O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, alvo de um novo plano de assassinato elaborado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), vive há pelo menos 20 anos "jurado de morte" pela facção e há dez sob escolta policial 24 horas.
O integrante do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo) é um dos principais nomes da Justiça em relação ao combate ao PCC. Gakiya recebeu a primeira ameaça de morte em 2005.
Em fevereiro de 2019, Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola e apontado como o maior chefe do PCC, foi um dos 22 integrantes da facção a serem transferidos.
Essa foi uma das ações mais recentes que o promotor participou. A operação aconteceu após o Ministério Público descobrir um plano do PCC para resgatar as principais lideranças da facção presas na penitenciária 2 de Presidente Venceslau. Gakiya foi quem fez o pedido de transferência.
Além disso, foram encontradas cartas dentro de celas do presídio em que eram citados planos de ataques à autoridades públicas. As ações seriam uma forma de retaliar os movimentos contra o PCC. O promotor estava entre os alvos.
Nas redes sociais, Gakiya conta com quase 20 mil seguidores e compartilha participações em entrevistas. Há um ano, o promotor de Justiça conversou com a CNN Brasil e afirmou que "o PCC está pronto para funcionar sem ordens diretas dos líderes" e que "age na prática como organização terrorista".