
O primeiro dia da COP30 foi marcado por contratempos. A abertura oficial da conferência do clima sofreu com fortes chuvas na cidade e com problemas logísticos na Blue Zone, área destinada exclusivamente a pessoas credenciadas.
Logo nas primeiras horas da COP30, alguns pavilhões da Blue Zone ficaram sem energia elétrica. Uma fonte contou ao Terra que o espaço destinado à ciência está sem luz desde a abertura. A organização da COP30 ainda não ofereceu explicações concretas sobre o problema, mas o prazo para o restabelecimento do fornecimento é até sexta-feira.
Do lado de fora, a chuva forte se tornou outro grande desafio. No trajeto de ônibus que liga a Zona Azul à Zona Verde, era visível o impacto das precipitações: ruas nos arredores estavam tomadas pela água, e os pontos de alagamento dificultavam a circulação de veículos e pedestres, expondo os desafios urbanos da capital paraense em meio à conferência.
No trajeto entre as duas zonas, a demora para chegar ao destino foi tanta que alguns painelistas que tinham horário marcado para sua participação se desesperaram. Em meio à forte chuva e ao trânsito intenso, desceram do ônibus ainda com a água na altura dos tornozelos para tentar seguir a pé até a Zona Verde
Foi por volta das 16h que a chuva se intensificou com trovões e rajadas de vento. O barulho assustou quem estava dentro dos pavilhões da Blue Zone. Na sala de imprensa, jornalistas de diferentes partes do mundo demonstraram espanto com a força da tempestade. A chuva começou a diminuir por volta das 16h30, mas as ruas permaneceram alagadas e houve quem precisasse tirar os sapatos para tentar atravessar os pontos mais críticos.
O trajeto entre a Zona Azul e a Zona Verde passou a levar mais de 50 minutos devido ao trânsito e às condições climáticas.
Dentro do evento, os efeitos da chuva também foram sentidos. A água chegou a escorrer em alguns pontos da Blue Zone durante a tarde. Em certas áreas, respingos chegaram a cair dentro da estrutura por meio dos mecanismos de ventilação e teve quem aproveitou para se refrescar com o vento úmido.
Os desafios de infraestrutura durante o evento acontecem apesar dos altos valores investidos. O Terra apurou que os custos para montar um pavilhão na COP30 são considerados elevados: o metro quadrado mais barato custa US$ 1.250 (cerca de R$ 7.250), sem incluir customização ou recursos adicionais.