Em uma operação deflagrada nesta manhã de sábado, 27 de dezembro de 2025, a Polícia Federal (PF) cumpriu dez mandados de prisão domiciliar contra pessoas condenadas pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por participação na chamada trama golpista de 2023 — um dia depois da prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, detido no Paraguai após tentativa de fuga internacional.
As medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos no STF, na esteira dos desdobramentos da fuga frustrada de Vasques, que rompeu a tornozeleira eletrônica e foi preso no Aeroporto Internacional de Assunção, no Paraguai, enquanto tentava embarcar para El Salvador com documentos falsos. A prisão preventiva dele foi decretada pela corte na sexta-feira, 26 de dezembro.
Segundo informações oficiais, os mandados cumpridos hoje — essencialmente de prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica — atingem condenados que integravam os núcleos 2, 3 e 4 da trama investigada pelo STF, todos ligados à tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
As ações envolveram operações da Polícia Federal em pelo menos oito estados brasileiros e no Distrito Federal, com apoio de setores do Exército Brasileiro em algumas diligências. Entre os alvos está Filipe Martins, ex-assessor internacional da presidência durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que teve a prisão domiciliar decretada e foi alcançado logo no início da operação.
Além da determinação de recolhimento domiciliar, as decisões judiciais incluíram medidas cautelares adicionais: proibição de uso de redes sociais, proibição de contato com outros investigados, entrega de passaportes, suspensão de porte de armas e proibição de visitas.
Autoridades que acompanham o caso afirmam que a ofensiva desta manhã visa impedir novas tentativas de fuga e resguardar a ordem do processo judicial, depois do episódio de fuga frustrada envolvendo Vasques, condenado a mais de 24 anos de prisão por participação na trama contrária à ordem democrática. O Povo
A operação e as ordens de prisão determinaram forte mobilização dos órgãos de segurança pública nas regiões onde os mandados foram cumpridos, refletindo a atuação do STF e da Polícia Federal no endurecimento das medidas contra aqueles considerados riscos à Justiça e ao cumprimento das sentenças.
Fonte: noticiastudoaqui.com
