Redação, Porto Velho (RO), 18 de novembro de 2025 - A vereadora Ellis Regina, também presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindeprof) de Porto Velho, lançou nesta terça-feira (18) um alerta sobre o crescente endividamento de servidores municipais e fez um apelo para que a administração municipal suspenda o uso do Cartão Previdenciário — também chamado de cartão corporativo — vinculado à margem consignável dos salários.
Segundo ela, muitos servidores têm recorrido ao cartão por ser uma forma fácil de crédito, o que estaria configurando uma “bola de neve” financeira: a margem consignável para este tipo de uso pode chegar a 70%, comprometendo boa parte dos vencimentos dos trabalhadores.
Durante a sessão da Câmara Municipal de Porto Velho, Ellis Regina afirmou que já protocolou oficialmente uma solicitação junto ao prefeito Léo Moraes para que o cartão seja retirado dessa modalidade de consignação.
Além disso, ela não descartou a possibilidade de adotar medidas mais drásticas para investigar a situação: a vereadora disse que poderá abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar quanto tem sido descontado dos contracheques dos servidores desde a implementação do cartão.
Ellis Regina reforçou que sua preocupação vai além da esfera financeira: ela relacionou o problema do endividamento à saúde mental dos servidores, dizendo que dívidas excessivas podem agravar casos de desespero e até suicídio, especialmente num momento em que o tema é abordado pela campanha Setembro Amarelo.
Em sua declaração, ela também criticou a empresa gestora da margem consignável, afirmando que “só tem trazido prejuízos” aos servidores.
A proposta de Ellis Regina ganhou repercussão entre os servidores públicos, uma vez que dialoga diretamente com reivindicações anteriores — entre elas a pauta salarial de 2025, já apresentada por ela junto ao prefeito e que inclui reajustes, gratificações e reajuste de plano de carreira (PCCR).
Com isso, a vereadora marca presença firme na defesa dos servidores municipais, exigindo reformas não apenas salariais, mas também medidas para proteger a classe da armadilha financeira que, segundo ela, muitos enfrentam hoje.
Fonte: noticiastudoaqui.com