
Se você é filiado à assistência médica do Ipam e precisa agendar uma consulta com um oftalmologista recomendo, desde já, munir-se de muita paciência. A situação não está fácil. Escrevo com a autoridade de quem vivenciou o problema. A “via crucis” começa pela lista de credenciados, completamente desatualizada. Muitos profissionais deixaram de atender o Ipam há muito tempo. Mesmo assim, seus nomes continuam como cadastrados. É uma humilhação atrás da outra.
Ao todo, foram cinco tentativas e as respostas, sempre as mesmas: “o atendimento ao Ipam está suspenso sem previsão de retorno” ou, então, o que é pior, “não estamos mais atendendo ao Ipam. Não culpo o prefeito Léo Moraes pelo caos que se instalou na assistência médica. Afinal, ele está no cargo há menos de um ano, mas alguém precisa fazer alguma coisa para resolver essa situação vexatória. Empurrar o caso com a barriga, enquanto filiados padecem para conseguir marcar uma simples consulta, é, no mínimo, desumano. Imagine uma cirurgia de alta complexidade.
A principal função do vereador, além de legislar, é fiscalizar os atos do prefeito e de seus auxiliares. Onde estão os vereadores de Porto Velho que não veem o sacrifício imposto aos filiados à assistência médica, em sua maioria, idosos, que não dispõem de recursos para pagar um médico particular? Estariam nossos representantes mais preocupados com eventuais privilégios, como a manutenção de uma penca de comissionados que cada um deles manteria em seus gabinetes, a ponto de não exigirem das autoridades municipais a adoção de medidas urgentes e corretivas para, pelo menos, amenizar os problemas que afetam à assistência médica do Ipam e corroem a paciência de filiados e dependentes do Instituto?