Dhonatan, ex-vereador que renunciou ao mandato tem a justiça no calcanhar e foge de todos, menos de Fernando Máximo



Redação, Porto Velho RO, 29 de dezembro de 2025 - Em Vilhena (RO), um episódio político e judicial tem repercutido fortemente nas últimas semanas: o ex-vereador Dhonatan Francisco Pagani Vieira, eleito como um dos candidatos mais votados e aliado do deputado federal Fernando Máximo, tem se tornado alvo de uma rigorosa ação judicial para forçar o pagamento de dívidas que se arrastam há anos. A história envolve decisões judiciais drásticas, tentativas frustradas de acordo e medidas cada vez mais incisivas por parte da Justiça para localizar bens e recursos do ex-parlamentar.

Pagani, membro do Partido Liberal (PL) e ex-coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL) em Rondônia, surpreendeu a população ao abandonar seu mandato de vereador de forma repentina, reduzir drasticamente sua presença nas redes sociais e evitar enfrentar os credores que o cobram judicialmente. A enquete nas redes e comentários na cidade indicam que o político tem aparecido apenas em compromissos ligados ao trabalho político do deputado Fernando Máximo, suscitando especulações sobre suas atividades fora da Câmara.

Continua após a publicidade.

A situação ganhou contornos dramáticos no âmbito judicial. A Justiça de Vilhena autorizou medidas severas contra Pagani em uma ação de execução movida por uma cooperativa de crédito, da qual ele é devedor de R$ 11 mil. Entre as medidas autorizadas estão o uso de força policial para arrombamento de portas e busca de bens, bem como a quebra de sigilo fiscal, com o objetivo de localizar ativos do ex-vereador que possam ser penhorados para saldar o débito.

O caso teve início em 27 de dezembro de 2023, quando a cooperativa ingressou com ação buscando o pagamento de uma Cédula de Crédito Bancário (CCB) inicialmente avaliada em cerca de R$ 11.860,67. Desde então, com juros, correções e multas, o valor devido cresceu, enquanto as tentativas judiciais de recuperar o crédito — como bloqueios eletrônicos de valores e penhora automatizada (“teimosinha”) — não encontraram saldo suficiente nas contas do devedor.

Com as estratégias eletrônicas esgotadas, o Judiciário autorizou a busca de bens físicos na residência de Pagani para possível avaliação e penhora. Também foi decretada a quebra das restrições fiscais via sistema Infojud e Prevjud, permitindo que a Justiça acesse diretamente as declarações e movimentações patrimoniais do ex-vereador, numa tentativa de descobrir patrimônio oculto ou fontes de renda não detectadas por mecanismos bancários tradicionais.

Continua após a publicidade.

Enquanto isso, na vida pública e política, Pagani ganhou notoriedade no passado por projetos controversos, como uma lei municipal que exigia a divulgação de inadimplentes no carnê de IPTU, aprovada em 2021, que provocou debates sobre transparência e privacidade fiscal dos moradores de Vilhena.

Até o momento, o ex-vereador não se pronunciou oficialmente sobre as medidas judiciais e sua posição quanto às dívidas em andamento, e sua defesa ainda não foi publicada à imprensa. O desenrolar dos próximos passos da ação dependerá da análise dos dados fiscais obtidos e da eventual identificação de bens que possam ser incorporados ao processo para satisfazer o crédito da cooperativa.

Fonte: noticiastudoaqui.com

Continua após a publicidade.


Noticias da Semana

Veja +