Parlamentares de RO exigem imediata exoneração do comandante-geral da PM




A crise política e institucional envolvendo a Polícia Militar de Rondônia (PM-RO) tomou um novo rumo nesta terça-feira (30), após deputados estaduais reivindicarem publicamente a exoneração imediata do comandante-geral da corporação, coronel Régis Braguin, em meio a acusações graves que circulavam nos bastidores e ganharam voz oficial na Assembleia Legislativa.

Em uma sessão extraordinária realizada na segunda-feira (29), parlamentares trouxeram à tona denúncias de que o coronel Braguin teria agredido uma mulher — cuja identidade não foi oficialmente confirmada — e apresentado Boletim de Ocorrência que respalda a acusação apresentada por um vereador de Porto Velho durante audiência pública.

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Além disso, outro episódio controverso envolvendo o comandante foi citado pelos deputados: Braguin teria sido flagrado em uma blitz da Lei Seca dirigindo um veículo oficial da PM, com abastecimento custeado pelos cofres públicos, o que teria ocorrido em desconformidade com regras internas e éticas que regem o uso de carros e combustíveis oficiais.

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Ação imediata

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O deputado Ismael Crispin (PSB) foi um dos mais incisivos ao criticar a permanência de um oficial sob tais suspeitas no comando da Polícia Militar, salientando que a corporação tem papel fundamental na proteção da sociedade, inclusive no combate à violência doméstica, e que a presença de um comandante sob esse tipo de acusação pode comprometer a confiança pública na instituição.

“É necessário que este Parlamento se manifeste quando alguém que deveria ser exemplo às mulheres do nosso Estado tem registro de ocorrência dessa natureza”, disse Crispin, cobrando ainda providências da Corregedoria da PM sobre o episódio da blitz da Lei Seca.

A deputada Cláudia de Jesus reforçou a necessidade de um requerimento coletivo para exigir a exoneração do coronel Braguin, classificando como “vergonhoso” que alguém supostamente envolvido em caso de violência doméstica esteja à frente de uma corporação responsável pela defesa da Lei Maria da Penha e dos direitos das mulheres.

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Outro parlamentar, Ieda Chaves, também se pronunciou contra a permanência do comandante no cargo diante das alegações levantadas.

Plenário polêmico

No decorrer dos debates, uma declaração do deputado Eyder Brasil gerou reação entre colegas. Ao tentar defender Braguin, ele afirmou que episódios de violência supostamente teriam ocorrido “no calor da emoção”, posição que foi duramente criticada por parlamentares que consideraram a minimização do tema incompatível com o papel de agentes públicos no combate à violência contra a mulher.

O episódio também resgata discussões sobre leis estaduais que vedam a nomeação de pessoas condenadas por violência contra a mulher para cargos públicos, norma que já estava em vigor no estado e que ganhou relevância no debate em torno do caso.

Pressão política

As mobilizações no Legislativo estadual refletem uma pressão crescente por mais transparência e ética no comando de instituições de segurança pública em Rondônia, sobretudo em um momento em que crimes de violência doméstica e uso indevido de bens públicos estão no centro das preocupações sociais.

Até o momento não há informação oficial sobre qualquer decisão da Segurança Pública estadual ou do Executivo referente às exigências do Parlamento. O caso, entretanto, coloca em evidência uma crise que pode ter desdobramentos políticos e administrativos significativos nas próximas semanas, sobretudo se o requerimento de exoneração avançar formalmente.

Fonte: noticiastudoaqui.com



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