Redação, 19 de junho de 2025 - A cidade de São Paulo foi tomada por um mar de fiéis nesta quinta-feira (19), durante a realização da tradicional Marcha para Jesus, um dos maiores eventos gospel do mundo. A expectativa da organização é de que cerca de 2 milhões de pessoas tenham participado da manifestação religiosa, que ocupou as principais vias da zona norte da capital paulista.

União entre fé e política

A presença de líderes políticos na Marcha para Jesus não é novidade, mas ganha força em um momento em que a religião tem papel central no debate público e eleitoral. Tarcísio de Freitas, que tem origem no meio militar e é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem estreitado laços com o eleitorado evangélico desde sua campanha ao governo estadual. Já Ricardo Nunes, que busca fortalecer sua imagem para a reeleição em 2024, vê na marcha uma vitrine importante de aproximação com o segmento.

O deputado federal Zucco (PL-RS) também esteve presente e foi recepcionado com entusiasmo. Diversas lideranças evangélicas, como o apóstolo Estevam Hernandes — idealizador do evento —, reforçaram durante os discursos a necessidade de “oração pelas autoridades” e defenderam princípios cristãos na política.

Celebração e espiritualidade

A Marcha para Jesus não se resume à presença de autoridades. Milhares de fiéis caminharam ao som de louvores, orações e palavras de fé em um clima de comunhão e espiritualidade. O evento, que ocorre desde 1993 em São Paulo, celebra a liberdade religiosa e promove um momento de união entre diferentes denominações cristãs.

Neste ano, o tema da marcha foi “Jesus, o Rei dos Reis”, e contou com a participação de dezenas de bandas e artistas gospel, como Aline Barros, Fernandinho, e o grupo Preto no Branco. A concentração começou às 10h na Estação da Luz e seguiu até a Praça Heróis da FEB, onde houve um grande show e cultos de encerramento.

Perspectivas

A Marcha para Jesus de 2025 confirma seu papel como evento de fé, cultura e mobilização política. Em um país de maioria cristã, ela se consolida como espaço estratégico para líderes religiosos e políticos, e como expressão vibrante da religiosidade brasileira. Resta agora observar como os sinais emitidos neste palco se refletirão nas próximas disputas eleitorais.

Fonte: noticiastudoaqui.com