Advogado do ex-comandante da Marinha critica investigações do STF e diz que Garnier será absolvido

Redação, 24 de junho de 2025 — O advogado e ex-senador Demóstenes Torres afirmou, nesta terça-feira (24/6), que considera inválidas as acareações promovidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, no âmbito das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado ao final do governo Bolsonaro.

A declaração foi feita em Brasília. Torres atua como advogado de defesa do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, que é investigado no mesmo inquérito.

Segundo o advogado, o conteúdo da colaboração de Mauro Cid está repleto de contradições e, portanto, não pode ser considerado confiável como prova. “Uma delação não pode substituir a ausência de provas materiais. O que temos aqui é uma tentativa de criminalização sem base jurídica sólida”, afirmou.

Sobre as acareações realizadas pelo STF — como a que ocorreu nesta terça-feira entre Mauro Cid e o general Braga Netto —, Torres disse que se trata de um procedimento “meramente midiático” e que não deverá alterar o rumo do processo.

Ele também voltou a criticar o andamento das investigações, argumentando que há “excesso de protagonismo judicial” e que o caso tem sido conduzido com viés político. “Não há nenhum elemento técnico que sustente a tese de tentativa de golpe com a participação do almirante Garnier. A absolvição dele será inevitável”, afirmou.

Torres destacou que confia no julgamento final do STF e que sua estratégia de defesa está amparada em provas documentais e testemunhais que demonstrariam a inocência de Garnier.

O STF ainda não comentou oficialmente as declarações do advogado, e o processo segue sob sigilo. A Procuradoria-Geral da República e os demais investigados também não se pronunciaram sobre a entrevista até o momento.

Fonte: noticiastudoaqui.com