Investigadores suspeitam que valores em espécie, sacados de agência bancária, tinham como destino o prefeito Antônio Furlan (MDB).
A Operação Paroxismo, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (3), revelou um novo desdobramento que envolve diretamente o círculo próximo do prefeito de Macapá, Dr. Antônio Furlan (MDB). De acordo com informações divulgadas pela colunista Mirelle Pinheiro, do jornal Metrópoles, o motorista particular do prefeito foi um dos alvos da ação.
Segundo a apuração, o motorista teria sido flagrado recebendo um saco de dinheiro em espécie de um homem que havia acabado de realizar um saque volumoso em uma agência bancária da capital. A suspeita é de que os valores seriam destinados ao próprio prefeito.
A operação investiga um suposto esquema de fraude em licitação, desvio de recursos públicos e lavagem de capitais, relacionado às obras do Hospital Geral Municipal de Macapá, orçado em R$ 69,3 milhões e contratado em maio de 2024 pela Secretaria Municipal de Saúde.
Esquema de desvio e propina
De acordo com a Polícia Federal, o grupo investigado é composto por empresários e agentes públicos que, de forma estruturada, atuavam para direcionar licitações, desviar verbas e pagar propina. Entre os métodos identificados estavam a utilização de entregas físicas de dinheiro e movimentações bancárias simuladas para dificultar o rastreamento da origem ilícita dos valores.
Um dos investigados chegou a sacar, sozinho, cerca de R$ 9 milhões em espécie, reforçando as suspeitas de um esquema milionário de lavagem de capitais.
Mandados e possíveis crimes
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em Macapá e dois em Belém (PA). Os alvos da operação poderão responder por corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.
As investigações seguem para identificar o destino final dos recursos e confirmar o nível de participação de autoridades ligadas à Prefeitura de Macapá.
(folhadoamapa)