A peça teatral é apresentada num país fictício. Ela começa assim: uma lei de anistia subiu no telhado! A piada é velha, mas a história, por mais triste que pareça, vai fazer a grande maioria do público se debulhar em lágrimas. Na peça, surge a inacreditável narrativa criada pelos poderosos e por seu braço mais forte, o Super Hiper Tribunal, que mostram o que está caminhando para vencer a batalha, impor aquela que é sua verdade e deixando na cadeia centenas de pobres coitados. Neste país da historinha, políticos que se elegem com discursos em defesa da verdadeira democracia, estão entregando suas almas em troca de benesses, emendas e, mais ainda, com a certeza de que os processos a que precisam responder no SHT, o Super Hiper Tribunal, ficarão adormecidos. Nesta triste fábula, destaca-se o caso lamentável do jovem (com as velhas formas de atuar) Presidente de um dos poderes que deveriam defender seu povo.
Eleito com a promessa de que defenderia a anistia para todas as injustiças, logo que assumiu, fez um duro discurso contra ditaduras e encheu o país de esperança. Não durou uma semana. Depois de um jantar com o Presidente do seu país e com um grupo de membros do Super Hiper Tribunal, além de uma ação do lado da Polícia de Governo (e não de Estado), contra o pai do ex-promissor político, um milagre aconteceu. No enredo da peça de terror, ele mudou tudo o que tinha dito e agora se aliou, de mala e cuia, com quem criticava! No país da “desmocracia”, o enredo mostra outro jantar, novamente com a honrosa presente do Presidente e, diz o texto da peça, mais 14 líderes de partidos, muitos dos quais também mudaram radicalmente de posição. Fica claro, ao espectador: o projeto da anistia de que trata esta trama, uma espécie de filme de terror, subiu no telhado e de lá está prestes a se espatifar no chão. Ainda nem chegou ao fim do primeiro ato e só uma pequena parcela dos que ainda têm algum resquício de coragem, continuarão lutando, sem êxito, claro, em defesa dos injustiçados.
Na peça, caem as últimas esperanças de que a verdade virá à tona, novamente. O final da história, prevê-se, será muito infeliz, pelo que está para acontecer, e que, aliás, todos que a estão assistindo já sabem o como terminará. O país fictício caminha, célere, para o domínio dos poderosos do sistema, que querem manter o povo na pobreza, dependendo de tudo do governo, para não morrer de fome; que vai impor suas decisões arbitrárias não só com aval do Super Hiper Tribunal, mas também daqueles que foram eleitos nas urnas para impedir tudo isso. Não há, infelizmente, esperança de que o país da historinha tenha múltiplos pensamentos; tenha ampla liberdade de expressão, e, ainda, de que consiga controlar o domínio da criminalidade. No final da peça, além de chorar, aos que acreditam, resta rezar. Só um milagre pode acrescentar um ato salvador contra a desgraça que o triste enredo está mostrando aos espectadores.
FONTE blog.opiniaodeprimeira.com
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