Movimentos estratégicos visam abrir espaço para presidentes das Assembleias Legislativas na linha sucessória dos governos estaduais.
Governadores de dois estados brasileiros estão executando manobras políticas que podem redesenhar o xadrez eleitoral regional nos próximos anos. Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, e Marcos Rocha (União Brasil), de Rondônia, articulam a indicação de seus respectivos vices-governadores para os Tribunais de Contas de seus estados, com o objetivo de abrir caminho para os presidentes das Assembleias Legislativas assumirem postos-chave na linha sucessória dos Executivos estaduais.
A movimentação é vista por analistas políticos como uma forma de consolidar alianças com os parlamentos estaduais e garantir governabilidade, ao mesmo tempo em que criam novos arranjos eleitorais para as eleições de 2026.
No Rio, Cláudio Castro planeja indicar o vice-governador Thiago Pampolha (União Brasil) para uma cadeira no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). Com a saída de Pampolha do Executivo, quem assume a vice-governadoria é o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (PL), aliado de Castro e visto como potencial sucessor.
O movimento pode reforçar a base governista na Alerj e fortalecer Bacellar para uma eventual candidatura ao governo estadual em 2026, já como vice-governador em exercício.
Em Rondônia, o governador Marcos Rocha ensaia estratégia semelhante. A ideia é indicar o vice-governador Sérgio Gonçalves para o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO), abrindo espaço para que o atual presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Cruz (Patriota), assuma a vice-governadoria.
Nos bastidores, Cruz é cotado como pré-candidato ao governo estadual e conta com apoio de parte significativa da base parlamentar. A manobra, segundo fontes próximas ao Palácio Rio Madeira, já estaria em fase avançada de negociação.
Embora permitidas legalmente, tais articulações têm gerado críticas de especialistas e opositores, que questionam a prática de usar órgãos de controle, como os Tribunais de Contas, como moeda de barganha política. Há também debates sobre a moralidade das indicações e os potenciais conflitos de interesse.
“São cargos técnicos, com responsabilidade de fiscalização das contas públicas. Não deveriam servir de trampolim político ou de acomodação de aliados”, aponta o cientista político Henrique Cardoso, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
As articulações ocorrem em meio a um cenário de desgaste das instituições públicas diante da opinião pública. Movimentos civis e órgãos de controle social devem acompanhar os desdobramentos das nomeações, que ainda precisam ser aprovadas pelas Assembleias Legislativas de cada estado.
Enquanto isso, os governadores seguem ajustando suas peças no tabuleiro, mirando não apenas o presente, mas principalmente a sucessão nos próximos pleitos estaduais.
Acompanhe os desdobramentos políticos nos estados e fique por dentro das movimentações que moldam o futuro da política brasileira.
Fonte: noticiastudoaqui.com
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