PF destrói helicóptero em ação contra garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami



Além da destruição da aeronave, foram inutilizados 50 litros de diesel, 100 litros de querosene para aviação e um motor. Ação faz parte da operação Libertação, deflagrada em janeiro de 2023.

 

A Polícia Federal destruiu nesta quarta-feira (5) um helicóptero usado por garimpeiros na região do Alto Rio Catrimani, na Terra Indígena Yanomami. A ação faz parte da operação Libertação, deflagrada em fevereiro do ano passado. Ninguém foi preso.

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Além da destruição da aeronave, foram inutilizados 50 litros de diesel, 100 litros de querosene para aviação e um motor. A operação Libertação ocorre de forma permanente no território e tem como objetivo proteger a população Yanomami por meio da interrupção do garimpo ilegal.

A PF estima que em 2024 a atividade ilegal teve um prejuízo de mais de R$ 28 milhões. Ainda segundo a Polícia Federal, haviam garimpeiros próximo ao local onde o helicóptero foi encontrado, mas eles fugiram. A ação contou com apoio logístico do Exército Brasileiro.

Nesta quarta, o governo federal divulgou um balanço das operações no território. Em maio, foram realizadas 173 operações, que resultaram na destruição de 134 motores e de 43 geradores, 9.335 litros de óleo diesel inutilizados e a apreensão de 7,8 quilos de ouro.

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Também foram apreendidas ou destruídas 11 aeronaves. Além disso, 11 pessoas foram presos e 11 armas foram apreendidas, além de uma submetralhadora.

Terra Yanomami

A Terra Yanomami está em emergência de saúde desde janeiro de 2023, quando o governo federal começou a criar ações para atender os indígenas, como o envio de profissionais de saúde e cestas básicas. Além de enviar forças de segurança a região para frear a atuação de garimpeiros.

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Mesmo com o enfrentamento, um ano após o governo decretar emergência, o garimpo ilegal e a crise humanitária permanecem na região.

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) estima que cerca de sete mil garimpeiros ilegais continuam em atividade no território. O número de invasores diminuiu 65% em um ano, se comparado ao início das operações do governo federal, quando havia 20 mil invasores no território.

Em março deste ano, 600 indígenas, entre pacientes e acompanhantes, estavam vivendo na Casa de Saúde Indígena Yanomami (Casai), na capital Boa Vista. O local recebe os indígenas que estão com doenças mais graves e precisam receber atendimento de saúde dos hospitais na capital.

No dia 2 de abril, o Profissão Repórter mostrou como, um ano após a intervenção do governo federal, o garimpo e as doenças trazidas pelos invasores continuam sendo a maior ameaça para os Yanomami.

(g1)



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