A Polícia Federal deflagrou, nesta semana, uma operação conjunta de desintrusão e combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Kayapó, localizada no estado do Pará. A ação tem como objetivo retirar invasores e ocupações não autorizadas do território indígena, reforçando a proteção ambiental e os direitos dos povos originários.

A operação é realizada em articulação com diversos órgãos federais, incluindo o Ibama, Funai, Ministério dos Povos Indígenas, Censipam, Abin, Força Nacional de Segurança Pública e o Exército Brasileiro. Juntas, as instituições vêm atuando de forma integrada para desmontar estruturas ilegais de garimpo e coibir crimes ambientais.

Ações e apreensões nos primeiros dias

Nos primeiros dias da operação, as equipes destruíram acampamentos de garimpeiros, queimaram maquinário utilizado na extração ilegal, além de inutilizar grandes volumes de combustível encontrados no local. Também foram apreendidos celulares, munições, mercúrio — substância altamente tóxica usada na separação do ouro — e quantidades de ouro extraído de forma clandestina.

Segundo a Polícia Federal, as ações visam não apenas desmobilizar os pontos de extração ilegal, mas impedir o retorno dos criminosos à região, garantindo a retomada do controle do território pelos povos indígenas.

Reforço à proteção territorial

A Terra Indígena Kayapó é reconhecida oficialmente e protegida por lei, sendo lar de comunidades que enfrentam há décadas a pressão do garimpo ilegal. A presença desses grupos criminosos representa ameaça à vida, à saúde e ao meio ambiente, agravando os conflitos e a contaminação de rios por metais pesados como o mercúrio.

De acordo com o Ministério dos Povos Indígenas, a operação representa um marco na retomada da presença do Estado em regiões historicamente negligenciadas. “A desintrusão é um passo essencial para a reconstrução da paz nos territórios e o fortalecimento da política indigenista do país”, afirmou a pasta, por meio de nota.

Continuidade das ações

As operações devem seguir nos próximos dias, com apoio logístico das Forças Armadas e monitoramento por imagens de satélite fornecidas pelo Censipam. A Força Nacional também atua na garantia da segurança das equipes federais e na proteção dos indígenas durante a operação.

A PF informou que novas apreensões e prisões podem ocorrer conforme o avanço das incursões em áreas remotas do território Kayapó.

Fonte: noticiastudoaqui.com