Operação da Polícia Federal investiga crimes de peculato, falsificação de moeda e lavagem de dinheiro; dinheiro teria sido substituído por cédulas falsas dentro do cofre da agência
Guajará-Mirim (RO) – A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (13) a Operação Cofre Corrompido, que investiga o desvio de aproximadamente R$ 600 mil de uma agência da Caixa Econômica Federal em Guajará-Mirim, cidade localizada na fronteira entre Brasil e Bolívia. O principal suspeito é o tesoureiro da unidade, que foi afastado do cargo por determinação da Justiça Federal.
De acordo com as investigações, o servidor público teria se aproveitado da posição de confiança para retirar valores em espécie dos cofres da agência. Para mascarar o desfalque, ele colocava notas falsas no lugar do dinheiro retirado, dificultando a identificação imediata da fraude.
Ação da PF e medidas judiciais
Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao investigado. A Justiça também determinou o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de dois veículos, totalizando R$ 600 mil em bens e valores – equivalente ao montante supostamente desviado.
Os materiais apreendidos, incluindo documentos bancários, equipamentos eletrônicos e os veículos, estão agora sob análise da Polícia Federal para embasar o inquérito. A identidade do suspeito não foi divulgada, em razão do sigilo da investigação.
Crimes investigados
A PF apura a prática de pelo menos três crimes:
- Peculato – apropriação de valores públicos por servidor;
- Falsificação de moeda – ao substituir o dinheiro por cédulas falsas;
- Lavagem de dinheiro – com a suposta tentativa de ocultar a origem ilícita dos recursos desviados.
Se confirmadas as suspeitas, o investigado pode responder criminalmente e enfrentar penas que ultrapassam 20 anos de prisão, além de perda do cargo público e reparação integral do dano ao erário.
Caixa colabora com investigação
Em nota, a Caixa Econômica Federal informou que está colaborando com as autoridades e destacou que a detecção do desvio foi possível graças aos mecanismos internos de controle e auditoria da instituição. O banco reiterou seu compromisso com a transparência, a ética e a integridade na gestão pública.
Próximos passos
A investigação segue em andamento e novas diligências não estão descartadas. A Polícia Federal busca identificar possíveis cúmplices e apurar se há outros episódios de desvio ou fraude envolvendo o mesmo servidor ou a estrutura da agência.
A cidade de Guajará-Mirim, que vive uma rotina intensa de circulação de moeda devido à proximidade com a fronteira boliviana, agora se vê no centro de um caso que pode ter repercussões maiores no sistema financeiro federal.
Fonte: noticiastudoaqui.com