Suspeito disse que foi dormir e, quando acordou, encontrou a mulher enforcada. Laudo do IML concluiu que Luciana não morreu por enforcamento, mas sim por asfixia provocada por estrangulamento.

Um homem identificado como Magno dos Santos Batista foi preso no Natal, suspeito de matar a esposa, Luciana dos Santos, e tentar simular que ela teria cometido suicídio. O crime aconteceu no dia 18 de dezembro, no distrito de Rio Branco, em Campo Novo de Rondônia (RO).
No dia do crime, familiares acionaram a polícia após o homem afirmar que a esposa estava passando mal e, em seguida, dizer que ela havia tentado tirar a própria vida. Ao chegarem à residência, os policiais encontraram o corpo da mulher já sem vida, deitado no chão.
Magno afirmou que discutiu com a esposa e ela ficou "alterada". Disse ainda que foi dormir e, ao acordar, encontrou a companheira enforcada com uma corda.
As contradições surgiram quando a polícia descobriu, por meio de terceiros, que o casal estava em processo de separação e discutiam frequentemente por questões financeiras.
Com a autorização do suspeito, os policiais acessaram seu celular e encontraram mensagens enviadas no período em que ele disse estar dormindo, o que aumentou as desconfianças.
A polícia também destacou a frieza do homem, que chegou a rir quando foi questionado sobre onde estava sua esposa.
Um vizinho também contou que ouviu um grito vindo da casa por volta do fim da manhã do dia do crime.
Prisão
Magno chegou a ser detido no dia do crime, mas, segundo a polícia, como não havia provas técnicas suficientes, acabou sendo liberado. Em seguida, foi instaurado um inquérito para apurar se a morte havia sido resultado de suicídio ou homicídio.
Dias depois, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) trouxe uma conclusão decisiva: Luciana não morreu por enforcamento, mas sim por asfixia provocada por estrangulamento. Outras marcas também foram encontradas no corpo.
Com base nessa informação, o Ministério Público de Rondônia (MP-RO) solicitou a prisão preventiva de Magno, pedido que foi aceito pela Justiça. Após a decisão judicial, a Polícia Civil localizou o suspeito e cumpriu o mandado de prisão.
A corporação explicou que a prisão não ocorreu antes porque a lei exige provas concretas. Somente após a perícia e o avanço das investigações foi possível solicitar a prisão preventiva.

(g1)