
Um mistério da astronomia pode ter terminado nesta quarta-feira (2). Astrônomos revelaram, pela primeira vez, a imagem de uma estrela que morreu duas vezes. A teoria de que um astro do tipo poderia explodir duas vezes existe há anos, mas nunca tinha sido comprovada.
O registro da chamada “detonação dupla” foi feito pelo Multi Unit Spectroscopic Explorer (MUSE) do Very Large Telescope (VLT) e pode indicar que algumas estrelas se tornam supernovas sem atingir o chamado limite de Chandrasekhar, a massa mínima necessária para que uma estrela exploda.
A equipe usou o telescópio para investigar os restos da supernova SNR 0509-67.5, localizada a 60.000 anos-luz de distância, na constelação de Dorado. O cadáver indica que a estrela, uma anã branca, explodiu duas vezes.

Anãs brancas são importantes para a astronomia
As anãs brancas, pequenos núcleos inativos que restam depois de estrelas como o nosso Sol queimarem o seu combustível nuclear, podem dar origem ao que os astrônomos chamam de supernova de Tipo Ia. Essas explosões são úteis também para medir distâncias espaciais, já que costumam ser constantes.