Justamente por causa do horário em que inicia a fase cheia em novembro é que, desta vez, o satélite é considerado uma Superlua
Conforme noticiado pelo Olhar Digital, nesta quarta-feira (5), a Lua entra na fase cheia – e o visual tende a ser ainda mais espetacular do que de costume. Isso porque esta será uma “Superlua”, a segunda de 2025 e a maior do ano.
E ela surge no céu muito bem acompanhada: coladinha em um aglomerado estelar aberto chamado Plêiades, também conhecido como Messier 45 (M45) ou “As sete irmãs”. Saiba detalhes desse encontro aqui.
Embora esteja visível quase a noite toda no céu, existe um horário específico no qual a Lua se torna cheia. E é justamente por causa do horário em que se inicia essa fase este mês é que, desta vez, ela é considerada uma Superlua. Vamos entender a seguir.

O que é uma Superlua?
Esta noite, o satélite aparecerá 7,9% maior e 16% mais brilhante do que uma Lua cheia típica, de acordo com o guia de observação Starwalk Space. Mas, por quê?
A explicação está na forma da órbita lunar. A Lua não gira ao redor da Terra em um círculo perfeito, mas sim em uma trajetória elíptica. Isso faz com que, em certos momentos, ela esteja mais próxima do planeta (no chamado perigeu) e, em outros, mais distante (no apogeu).
Uma Superlua acontece quando a fase cheia começa exatamente no perigeu, ou muito perto dele – que, neste mês, será atingido apenas nove horas depois, de acordo com a plataforma de observação astronômica InTheSky.org.
Em média, a distância entre a Terra e a Lua no perigeu é de cerca de 356 mil quilômetros, enquanto no apogeu pode chegar a mais de 406 mil quilômetros. Essa diferença, de aproximadamente 50 mil km, é suficiente para causar o efeito visual que tanto encanta os observadores, embora a olho nu nem sempre seja fácil perceber essa variação.
“Mas, sem saber o quão perto o satélite precisa estar da Terra, não dá para cravar se esta ou aquela Lua cheia é uma Superlua”, afirma o colunista do Olhar Digital Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon).

Zurita explica que até existem algumas tentativas de criar uma definição científica, completa e definitiva para o termo, mas é difícil chegar a um consenso, e talvez isso tenha algo a ver com ele vir da astrologia. “Na astronomia, sua utilização é recente e tem se mostrado uma boa forma de popularizar a ciência, mas muita gente ainda ‘torce o nariz’ para o termo, por considerá-lo um nome mercadológico para ‘vender’ a Lua Cheia no perigeu, que, na prática, não tem nada de super, nem representa nenhum fenômeno de interesse científico”.
Horário em que a Lua cheia fica mais próxima da Terra
Conforme mencionado acima, uma Superlua acontece quando a fase cheia começa exatamente no perigeu, ou muito perto dele (até 24 horas antes ou depois, segundo um dos critérios mais aceitos).
Este mês, a Lua cheia começa às 10h19 da manhã (pelo horário de Brasília). Ela é considerada uma Superlua porque o perigeu será atingido nove horas e oito minutos mais tarde (dentro do período de 24 horas), às 19h27.
O astro estará visível entre as constelações de Áries e Touro a partir das 17h36, atingindo o ponto mais alto no céu por volta das 23h15, a 45º acima do horizonte norte, se pondo às 4h52.
Para a melhor experiência, tente observar a Superlua ao entardecer, quando ela está próxima ao horizonte, momento em que parece ainda maior e assume um belo tom alaranjado devido à refração atmosférica.
(olhardigital)