A corrida pelo ouro retorna com força total

O ouro voltou a ser uma importante alternativa econômica em Rondônia. A exploração ilegal de ouro no rio Madeira, em Porto Velho (RO),..
O ouro voltou a ser uma importante alternativa econômica em Rondônia. A exploração ilegal de ouro no rio Madeira, em Porto Velho (RO), demonstra um total desrespeito à legislação ambiental, a falta de responsabilidade com o meio ambiente e uma verdadeira afronta aos órgãos de fiscalização constituídos no combate a esse tipo de prática criminosa no Brasil.
Toda a extração ilegal ocorre a poucos metros da sede da Marinha, um dos órgãos federais responsável pela fiscalização da navegação no rio Madeira. Ontem uma operação policial foi deflagrada no rio com a participação da Polícia Ambiental e Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam). Não é a primeira vez que garimpeiros atuam de forma ilegal no Madeira. Em 2016 vários garimpeiros foram presos e dragas apreendidas.
Uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa não permite a exploração de ouro no rio Madeira em um trecho que segue até o município de Humaitá (AM). Ocorre que os garimpeiros não estão muito preocupados com a legislação ambiental e parece que estão dispostos a desafiar a legislação e os órgãos de controle. Durante a semana, a equipe do Diário flagrou vários funcionários em frente ao complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM).
Geralmente, os garimpeiros utilizam os finais de semana e feriados municipal, estadual e federal, para driblar a fiscalização e fugir do cerco policial. Eles costumam ainda utilizar esses dias de descanso para dobrar o processo de retirada de ouro do rio. Segundo informou a Marinha do Brasil, a retirada intensa de areia do fundo do rio está comprometendo a navegação do rio.
Para atuar na garimpagem, eles precisam de uma autorização da Sedam, o que requer alguns critérios. A presença permanente desses “trabalhadores“ na área de preservação permanente é um indicativo que o ouro voltou com força na economia do município.
Contudo, as operações policiais no combate à exploração ilegal de ouro não serão suficientes para retirar esses garimpeiros do local. Muitos que foram presos e surpreendidos na primeira operação policial, estão de volta ao local e deverão permanecer por um longo período com essa prática criminosa.
Ontem, o secretário Aparício Paixão, titular da Sedam, disse que a meta não é prender os garimpeiros. É apenas notificar. Ocorre que esses garimpeiros já foram notificados por diversas vezes, mas sempre retornam ao mesmo local. Operações como essa mobilizaram uma estrutura grande da Polícia Ambiental, que deveria estar em outras operações de combate ao desmatamento e retirada de madeiras de reservas.
Fonte: Diariodaamazonia
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