'Não me conformo com a minha situação', diz Lula em carta a petistas
Mensagem foi endereçada aos cerca de dois mil militantes que participam de ato de lançamento de sua pré-candidatura nesta sexta
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou aos petistas um manifesto, em que se diz injustiçado e inconformado com a crise enfrentada pelo país.
mensagem foi endereçada aos cerca de dois mil militantes que participam de ato de lançamento de sua pré-candidatura nesta sexta (8) em Contagem (MG). No texto, Lula afirma ainda que levará sua campanha às últimas consequências e que não governará para o mercado.
"Não posso me conformar com o sofrimento dos mais pobres e o castigo que está se abatendo sobre a nossa classe trabalhadora, assim como não me conformo com minha situação", escreveu o ex-presidente.
No texto, Lula diz acompanhar da cela os desafios enfrentados pelo brasileiro. E se apresenta como o candidato da esperança.
"Tive muitas candidaturas em minha trajetória, mas esta é diferente: é o compromisso da minha vida. Quem teve o privilégio de ver o Brasil avançar em benefício dos mais pobres, depois de séculos de exclusão e abandono, não pode se omitir na hora mais difícil para a nossa gente", afirmou o petista.
Ele acrescentou: "Sei que minha candidatura representa a esperança, e vamos levá-la até as últimas consequências, porque temos ao nosso lado a força do povo".
Na carta, Lula também enviou um recado aos demais partidos de esquerda. Nela, o ex-presidente afirma que é necessário unir forças, mas respeitando a autonomia dos partidos e movimentos sociais. "Tenho certeza de que estaremos juntos ao final da caminhada", afirmou.
O ex-presidente escreveu também que mantém a pré-candidatura por acreditar na Justiça Eleitoral.
"Sou candidato porque acredito, sinceramente, que a Justiça Eleitoral manterá a coerência com seus precedentes de jurisprudência, desde 2002, não se curvando à chantagem da exceção só para ferir meu direito e o direito dos eleitores de votar em quem melhor os representa."
Na carta, Lula disse que lutará contra privatizações e que a Petrobras tem que voltar ser brasileira: "Governamos para o povo e não para o mercado. É o contrário do que faz o governo dos nossos adversários, a serviço dos financistas e das multinacionais, que suprimiu direitos históricos dos trabalhadores, reduziu o salário real, cortou os investimentos em saúde e educação".
Segundo ele, a Petrobras não foi criada para gerar ganhos para os especuladores de Wall Street, em Nova Iorque, mas para garantir a autossuficiência de petróleo no Brasil, a preços compatíveis com a economia popular.
"Podem estar certos que nós vamos acabar com essa história de vender seus ativos. Ela não será mais refém das multinacionais do petróleo."
O petista também afirmou que se opõe à privatização de outras estatais, como Eletrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica. Com informações da Folhapress.
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