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Leia o que pré-candidatos à Presidência falaram a prefeitos de Minas Gerais

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Pré-candidatos à Presidência participaram nesta 3ª feira (19.jun.2018) do 35º Congresso Mineiro de Municípios, organizado pela AMM (Associação Mineira de Municípios), em Belo Horizonte (MG).

Participaram: Alvaro Dias (Podemos); Paulo Rabello de Castro (PSC); Ciro Gomes (PDT); o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), representando o ex-presidente Lula (PT); Geraldo Alckmin (PSDB); Marina Silva (Rede); e Henrique Meirelles (MDB).

Todos tiveram 16 minutos para apresentar propostas aos prefeitos do Estado, divididos em 5 minutos para apresentação inicial, 3 minutos de resposta para duas perguntas, cada, e 5 minutos para considerações finais.

Leia como foi a participação de cada pré-candidato, por ordem de apresentação:

ALVARO DIAS (PODEMOS)

Defendeu uma reforma tributária favorável aos municípios. Para o senador, o sistema atual concentra os recursos da arrecadação na União.

“A União faz cortesia alheia com o chapéu dos municípios. Quando há eleição o discurso dos candidatos é municipalista, porém o voto [no Congresso Nacional] éa favor da União. Não basta só o discurso”, disse.

Como solução para a questão fiscal, Alvaro citou propostas de Bernard Appy, economista consultado por outros presidenciáveis como Marina e Alckmin.

“Um modelo possível é aquele defendido por Bernard Appy, que substitui 5 tributos [PIS, Confin, IPI, ICMS e ISS] pelo Imposto de Bens e Serviços”, disse.

CIRO GOMES (PDT)

Defendeu a reformulação do Pacto Federativo e a reforma tributária. No entanto, a participação do pedetista foi ofuscada por sua reclamação ao formato do painel do debate.

Ciro criticou o pouco tempo dado aos pré-candidatos para falar aos prefeitos. Após ser interrompido, o pré-candidato se recusou a responder uma pergunta e a fazer as considerações finais. Após o episódio, abandonou o evento.

PAULO RABELLO DE CASTRO (PSC)

Criticou o fato da contagem populacional em 2015 ter sido adiada. Segundo ele, isso não pode se repetir. Além disso, Paulo Rabello defendeu uma reforma tributária que destine mais recursos aos municípios.

“Assumo o compromisso de logo em 2 de janeiro de 2019 começar uma revisão constitucional da Carta de 1988, que é colonizante dos municípios. Fiz as contas e é possível elevar a participação [na arrecadação] de todos as cidades brasileiras de 18 para 25% em 2022″, disse.

REPRESENTANTE DE LULA (PT)

O deputado federal Reginaldo Lopes (PT) representou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato à Presidência no congresso.

Ele entregou uma carta escrita por Lula ao presidente da AMM, Julvan Lacerda. No entanto, não chegou a ler, nem dar detalhes do documento.

Lopes defendeu 1 novo pacto federativo, a revogação da Emenda Constitucional 95, que trata sobre o teto dos gastos, e 1 programa de governo keynesiano.

GERALDO ALCKMIN (PSDB)

O ex-governador de São Paulo disse que antes da realização de uma reforma tributária, é preciso que haja crescimento da economia.

“Todos estão sem dinheiro, municípios, Estados, e ano que vem o governo federal vai para o 6º ano de déficit primário. A primeira tarefa é o país voltar a crescer, não há crescimento sem investimento”, disse.

Para melhorar a qualidade do saneamento básico, o presidenciável prometeu isenção tributária para as prestadoras desse serviço.

Alckmin também disse que, se eleito, a prioridade de seu governo serão as reformas da Previdência, tributária com simplificação fiscal, e política com adoção do voto distrital.

MARINA SILVA (REDE)

A ex-ministra defendeu a reforma tributária e 1 novo Pacto Federativo para poder descentralizar os recursos da União.

“Um novo Pacto Federativo que faça com que os prefeitos não tenham que viver de mesada, de pires nas mãos”, disse.

Segundo Marina, seu governo fará 1 trabalho com todos os prefeitos independente de partidos. “Essa crise que estamos vivendo ela é também é fruto da polarização [de partidos]“, afirmou.

HENRIQUE MEIRELLES (MDB)

O ex-ministro defendeu o governo do presidente Michel Temer ao dizer que o país está saindo da crise e que foi 1 dos responsáveis por isso.“Se adotarmos as políticas públicas certas, a arrecadação vai crescer”, afirmou.

Meirelles afirmou que o corte de despesas é 1 instrumento para aumentar a receita.

“É necessário cortar despesas obrigatórias do governo federal e fazer as reformas fundamentais. A próxima grande que deve ser feita é a tributária, com redistribuição de grandes parcelas dessas contribuição para os municípios”, disse.


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