ENTREVISTA - Maurão negocia aliança com 12 partidos e diz estar preparado para governar | Notícias Tudo Aqui!

ENTREVISTA - Maurão negocia aliança com 12 partidos e diz estar preparado para governar

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Entrevista com Osmar Silva e Pinheiro de Lima.

Assista a entrevista em vídeo.

No quinto mandato, o deputado estadual Maurão de Carvalho considera-se preparado para governar o estado e pretende formalizar, nas convenções de junho próximo, uma aliança com pelo menos 12 partidos.

O presidente da Assembleia Legislativa lembra que nunca desistiu facilmente,insiste desde a eleição de 2014. “A grande maioria das pessoas próximas da gente dizia: nós precisamos de você. Já que não deu certo para você ser governador, vai ser o presidente da Assembleia”.

Agora, mais uma vez, persegue a cadeira de governador. Seu dilema,entretanto, é a escolha do vice, que poderá até mesmo ser indicado por uma sigla parceira menor, caso o PSDB, por exemplo, opte por candidatura própria.

“Temos dois pré-candidatos puro-sangue ao Senado: Confúcio Moura e Valdir Raupp. Dentro do partido temos o compromisso de assumir as duas vagas”. A seguir, a entrevista sem cortes em texto: 

 

Presidente Maurão, é um prazer recebê-lo no noticiastudoaqui.com para esta entrevista que conta, também, com a participação do jornalista Pinheiro de Lima. Tudo bem com o senhor?

Maurão de Carvalho – Para mim é um prazer ser entrevistado por dois grandes jornalistas e poder falar um pouco da minha história.

“COMPROMISSO NO MDB É PREENCHER AS DUAS VAGAS”

Presidente, vemos que o MDB está com uma chapa puro sangue. O senhor, Confúcio eRaupp. Mas não foi falado ainda sobre o pré-candidato a vice-governador. Será de outro partido ou puro sangue mesmo?

Nós temos os dois pré-candidatos ao Senado que são puro-sangue, são do MDB. Temos o ex-governador Confúcio Moura e o senador Valdir Raupp que é candidato à reeleição. São dois nomes que são duas lideranças.

Isso é um compromisso já assumido dentro do partido para preencher as duas vagas. Agora, a vaga de vice-governador está em aberto para gente conversar. Mas, se precisar, temos candidatos no próprio partido, como oex-secretário de Fazenda (Wagner de Freitas). Mas no momento, queremos outro partido.

UM ACENO AO PR, PP E PSDB

Que seria...

O PSDB está aí, e tem nomes que podem ser indicados, caso queira vir conosco. Existe a possibilidade de não terem candidato ao governo e, nesse caso, indicar o vice-governador. Isso para nós é importante. É um partido forte que tem, em Expedito Junior, sua maior liderança.

Ele já foi deputado federal, senador e é o presidente do partido. Conta com a deputada federal Mariana (Carvalho), que também é uma liderança e aindacom o presidente da Câmara de Vereadores de Porto Velho, Maurício Carvalho, que tem sido apontado a vice.

E nos demais partidos?

Temos outros partidos, como o PR que tem o deputado federal Luiz Cláudio, que já foi estadual com a gente e conta com uma conjuntura muito forte. É um deputado da agricultura, muito próximo do setor produtivo. Ele tem liderança e acredito que ele vindo amanhã ou depois, pode consolidar seu nome como vice, e pode também trazer o PP, que é um partido aliado e está no mesmo grupo. Então, nós estamos conversando.

Com o PP, o PR e o PSDB do Expedito, cogitado como um dos nomes para o governo. Mas, segundo ele, nas duas conversas que tivemos, não haveria interesse, e assim fica descartada a candidatura dele ao governo. E para o Senado também não há decisão dele. Está 50% para ter e 50% para não ter sua candidatura. E, talvez, nem seja candidato a nada.Aí sim, teria interesse em indicar o vice, que seria o vereadorMaurício Carvalho.

UMA COLIGAÇÃO FORMADA POR, PELO MENOS, 12 PARTIDOS

Essas tratativas são de alguma forma, uma tentativa de esvaziar a possibilidade de surgir um nome forte dos núcleos desses partidos? Lembro que se cogitava uma candidatura ao governo em torno do nome do deputado federal Marcos Rogério, do DEM.

O MDB está conversando com todos os partidos, inclusive com os menores. Já estamos com a conversa bem alinhada com 12 partidos, discutindo as legendas para deputados federal e estadual, que é uma preocupação deles. Eles querem candidatos que tenham o mesmo (bom) nível. Inclusive, toda quarta-feira ocorre um encontro com nove partidos na sede do PSC. O pastor Valadares é quem está coordenando isso, com vistas à nossa candidatura ao governo.

O DEM é o único partido que a gente conversou menos. O Marcos Rogério tem certa sua candidatura à reeleição. Mas observa: se não der certo a candidatura de a ou de b, ele pensa numa candidatura ao Senado. E se viesse todo mundo agregar em torno do nome dele, aí sim, talvez pudesse ser candidato ao governo. Foi o que me disse numa conversa já distante que nós tivemos. Mas não tenho visto nenhuma movimentação mais consistente em torno do nome dele. É mais ou menos assim: se cair no meu colo...

“A VONTADE DO CANDIDATO TEM QUE PARTIR DELE”

Se o cavalo passar arreado na minha frente...  

É. Isso aí é normal. Acho que a gente tem que fazer a parte da gente. Se eu quero ser candidato, eu tenho que correr atrás, tenho que dizer ‘eu estou aqui! Eu quero ser governador de Rondônia!’.Vou buscar os partidos que me interessa somar na legenda. Acho que a vontade do candidato tem que partir dele. Não tem que ficar esperando. Tem que ter decisão própria, saber do teu objetivo. Eu quero ser governador? Então tem que correr atrás disso.

O senhor tem essa decisão desde a eleição passada?

Desde a eleição passada, que eu fui até o fim. Mesmo sabendo que tinha dificuldades, sabendo que o presidente do partido (Ivo Cassol) não ia me dar essa vaga, mesmo assim eu fui até o último tempo que tinha para consolidar minha pré-candidatura ao governo. Não deu certo? Mas a minha parte eu fiz.

Continuei, não desistir. Mas a grande maioria daspessoas próximas da gente dizia: nós precisamos de você. Já que não deu certo para você ser governador, vai ser o presidente da Assembleia. Aí, trabalhei o plano b. Fui ser deputado, presidente da Assembleia, eleito e reeleito com todos os votos. Achei que foi bom para mim.

Eu penso que Deus quer o melhor para a gente. Eu tinha que passar por isso. Hoje, como presidente da Assembleia, estou muito maispreparado para ser governador de Rondônia. Foi uma oportunidade de conhecer mais o Poder Legislativo, a força que tem. Com quatro mandatos de deputado estadual eu sabia a força da Assembleia. Mas agora, no quinto mandato, como presidente, é que fui ver o quanto o Poder Legislativo é forte.

“DILMA E CUNHA PERDERAM, PORQUE NÃO TINHAM ALINHAMENTO POLÍTICO”

Hoje, creio que, quem queira ser executivo, tem que conhecer o Poder Legislativo. E para governar, precisa ter um alinhamento político. Veja a força que tinha a Dilma (Rousseff, ex-presidente do Brasil). Na briga ente ela e o Congresso, o que aconteceu? O País perdeu. Um grande prejuízo, irreparável. E ela perdeu o mandato. O Cunha (Eduardo, ex-presidente da Câmara dos Deputados, hoje preso) também perdeu o mandato. Eles não tinham alinhamento político...

Não tinham sintonia...

...não tinha harmonia. Apesar de ser um poder independente, tem que ter essa harmonia. Uma coisa depende da outra. O executivo precisa ter um encaminhamento em todos os projetos com o parlamento, para que o estado vá bem. Somente como deputado, eu não estaria tão preparado para o executivo. Hoje, como presidente do Poder Legislativo e como pré-candidato, chegando ao governo, vou saber como trabalhar melhor com o Poder Legislativo para que as coisas realmente venham acontecer com mais facilidade e rapidez.

Você precisa saber o tempo que os projetos levam para ir para Assembleia, que tramitam nas comissões, que vai para o plenário e volte para o executivo para se transformar em benefício. Se não tiver um acompanhamento, uma habilidade com o Poder Legislativo, você não consegue o teu objetivo que é materializar os projetos do Poder Executivo.

E o cidadão está lá na ponta, vigiando, esperando...

...ele não quer saber se está dependendo da Assembleia, toda a culpa vai ser do executivo.Ele é quem tem a obrigação de executar. Ele não pode ficar culpando a Assembleia porque não conseguiu licitar, dar a ordem de serviço. Então, tem que ter essa habilidade. Saber quais são esses caminhos e passar por ele.

“NUMA FAMÍLIA GRANDE, NEM TUDO ESTÁ SEMPRE EM HARMONIA”

Presidente, apesar de ter tirado o P, o partido continua PMDB. Isso quer dizer que continua tendo suas divisões, tem alas – a ala do senador Valdir Raupp e do ex-governador Confúcio Moura. O senhor não teve muitas facilidades quando entrou no PMDB. Não veio só, veio de mala e cuia trazendo seus adeptos para somar. Depois de tudo, já fumaram o cachimbo da paz?

Com certeza! Numa família grande como essa, nem toda hora está tudo em harmonia. Tem uma divergência ou outra, mas no final dá tudo certo. O MDB é um partido grande, que tem independência, que bate na mesa em defesa de suas teses.

Quando em vim para o partido, vim porque já tinha uma simpatia grande. Já fui eleito duas vezes na legenda através de coligação. Tinha amigos, pessoas com quem tinha liberdade, em quem posso confiar, e isso me atraiu para o partido.

No momento em que o Confúcio me convidou e colegas deputados, secretários como o Pimentel (Williames, ex-secretário da Saúde), deputada Marinha (Raupp), o senador (Raupp), deputado (estadual) Edson Martins, que me diziam: ‘deputado, o senhor tem de vir para um partido grande. Você está disputando. Você tem um carinho muito grande entre nós. Temos muita admiração por você’. Eu era muito assediado. Então eu vim.

No primeiro momentoas pessoas diziam “esse partido é muito grande, quem manda é o Raupp, quem manda é o Confúcio. Mais uma vez ele vai ser enganado. Mais uma vez ele não vai ser candidato”. As pessoas que torcem contra, ficavam cultivando esse pensamento. E aqueles amigos tinham visto não dar certo no passado, chegavam para mim: “poxa, deputado, será que mais uma vez o senhor não vai sair candidato? Vai chegar lá na frente e não vai ter essa vaga? ”. Essa conversa veio se arrastando por algum tempo. Mas eu sempre estava confiante.

“DISPUTO UMA ELEIÇÃO PELA SÉTIMA VEZ.EU ENTREGO NAS MÃOS DE DEUS”

Tem um ponto que eu friso bastante: tudo o que eu faço, principalmente na minha vida pública, a primeira coisa: eu entrego nas mãos de Deus. Eu disputo uma eleição pela sétima vez. Fui prefeito da minha cidade com 23 anos. Deputado por cinco mandatos. Eu tenho feito, diante da minha fé, um propósito: eu não fico triste com o que dá errado. Às vezes o que dá errado no primeiro momento, é para dá certo lá na frente. E Deus sabe o melhor para a gente. Tudo tem que ser da vontade de Deus. A Bíblia diz que todas as autoridades são constituídas por Ele. Eu acredito nisso. Tenho essa fé. Se não for da vontade Dele, eu não quero ser governador.

“VOCÊ É UM PRESIDENTE DIFERENTE. ÀS VEZES AS PESSOAS FALAM ASSIM”

Eu não tenho ambição, não tenho vaidade pelo cargo. Às vezes as pessoas falam assim: você é o presidente da Assembleia, tem que se impor mais. Você é um presidente diferente. Os outros andavam com três, quatro camionetes, dez, quinze seguranças e você, às vezes, anda sozinho. Eu sempre optei por ser simples. Nunca gostei de se estrela. Eu prefiro estar na minha simplicidade.

E o cargo não fazcrescer nem um minuto. Esse é o propósito que tenho feito. Tenho a fé que vai dar tudo certo. E se senão der, eu não vou ficar triste. Eu entrego nas mãos d’Ele. Ele está no controle de tudo. E não vai deixar acontecer alguma coisa a quem vai cuidar de tantas pessoas. Um milhão e 700 mil habitantes (Rondônia).

Se for pra mim perder a eleição, não quero disputar a eleição. Eu tenho fé e confiança que nós vamos disputar e nós vamos chegar lá. Mesmo alguém dizendo que eu não poderia ser candidato, que eu não teria essa chance. Mas eu tenho essa confiança.  

“CONFÚCIO E RAUPP ESTÃO MUITO À FRENTE DOS OUTROS”

Confúcio e o Raupp para o Senado. São os únicos pré-candidatos que estão com suas candidaturas consolidadas em trabalho prestado. Dois ex-governadores. Um, o Confúcio, ex-deputado federal de três mandatos, ex-prefeito de dois mandatos, ex-governador de dois mandatos. O outro, o Raupp, ex-vereador, ex-prefeito, ex-governador, senador de dois mandatos. Uma força política que, com certeza, o Estado de Rondônia reconhece e as pesquisas internas têm demonstrado que os dois estão muito à frente dos outros que pretendem disputar uma candidatura ao Senado. Os dois estão preparadíssimos para serem senadores da República.

Havia que garantia que Confúcio iria para o DEM, ou para outro partido. E taí o partido totalmente unificado em torno dos nomes que apresentou sábado, passado, dia 12, na casa de eventos Talismã 21, em Porto Velho.E não tem porque não ter essa harmonia, essa junção política. Tenho certeza que os dois vão ganhar.

Mas sabemos que, para chegar até aqui, a caminhada foi sendo construída lentamente, até penosamente. E Confúcio, em entrevista à imprensa, confessou que chegou a analisar a possibilidade de ir para outro partido. O MDB fez vários encontros e reuniões, para consolidar o nome do senhor. Parecia que o senhor estava sendo aceito por uma parte do partido e recusado pela outra. Houve jantares...

... É verdade...

...para ratificar o seu nome. O senhor passou por essas provações. O senhor teve que conquistar o partido devagarinho.

Tivemos cogitado dentro do próprio partido o nome do ex-secretário (da Fazenda) Wagner Freitas, que fez um bom trabalho, que foi a pessoa responsável pela economia e a estabilidade do estado. Se o nome dele tivesse crescido e aparecido nas sondagens das pesquisas, com certeza eu tinha que acompanhar e respeitar. É um nome bom, mas não conquistou espaço eleitoral. Isso, ele mesmo entendeu e resolveu retirar sua pré-candidatura que foi cogitada dentro do palácio.

“HOJE ME SINTO PREPARADO PARA SERVIR”

Por que o senhor quer ser governador de Rondônia?

Rondônia é um estado pujante. Um estado forte que me deu a oportunidade de ser alguém, que começou lá de baixo. Vim criança para Rondônia, com oito anos de idade. Comecei como pequeno comerciante. Depois fui prefeito da minha cidade (Ministro Andreazza), deputado por cinco mandatos, presidente da Assembleia. Isso foi uma oportunidade que o estado me deu. Hoje, me sinto preparado para poder servir. O cargo lhe dar a oportunidade de poder servir. E estou preparado para fazer o melhor.

O que eu não pude fazer como prefeito, e com 20 anos como deputado, vou poder fazer como governador. O que o estado me deu, eu quero retribuir tudo o que aprendi e fazer tudo o que eu tenho vontade de fazer por Rondônia.

“LGBT É BATATA QUENTE NO MEU COLO, E NÃO VOU FUGIR DA RESPONSABILIDADE”

Presidente, temos um projeto polêmico que tramitou recentemente na Assembleia, foi aprovado e mandado para sanção governamental. O assunto discutido na Assembleia, inclusive pelo líder do governo, deputado Laerte Gomes, que ia pedir ao governador Daniel Pereira para não sancionar a criação do Conselho LGBT. E me parece que ele não vai sancionar, vai mandar de volta para a Casa e deixar essa batata quente para o senhor. Os evangélicos se reuniram com Daniel Pereira e falaram para ele não sancionar. Como o senhor vai fazer?

Na verdade, os pastores e os padres pediram que ele vetasse. Ele vetando, nós acompanhamos o veto. Nós temos três opções nesse projeto: vetando, a Assembleia acompanha o veto; se ele sancionar, nós temos outro projeto para derrubar esse projeto; e se ele silenciar, eu tenho que promulgar.

O governador Daniel assumiu o compromisso de vetar. Mas depois que ouviu o outro lado, ficou temeroso e ainda não decidiu. Estou sentindo que ele não vai promulgar e deixar essa batata quente cair no meu colo. Aí eu tenho que promulgar. Não tem outra saída.

Votei contra o projeto. Eu e mais sete deputados. Tinha dezoito no plenário e, desses, dez votaram a favor. E fiquei olhando a reação dos que votaram a favor. Nós estamos em um estado que, segundo o IBGE, tem 61% de evangélicos, 30% de católicos 9% de espíritas e daqueles que vão numa igreja ou outra sem ter uma certa. Ou seja, temos 91% de cristãos que são contra esse projeto LGBT que tem 18 itens (artigos).

“A MAIORIA NÃO TINHA LIDO E ACABOU VOTANDO”

Esse projeto cria despesas orçamentárias, dá autonomia financeira a um conselho de 18 membros para acompanhar os orçamentos de todas as secretarias: da Educação, da Segurança, da Saúde. Tudo para ter acesso em favor da causa. E a grande maioria dos deputados não votou nesse projeto. É a quarta vez que vai à Assembleia e três vezes foi arquivado.

Na verdade, a maioria não tinha lido o projeto. E acabaram votando. Pensavam que era somente a criação de um simples conselho. E perceberam um impacto negativo para aqueles que votaram. O deputado Laerte, líder do governo, votou no primeiro momento. Mas já retirou (o apoio) e assinou outro projeto, caso esse seja homologado.

“ELES JÁ TÊM OS DIREITOS QUE OHOMEM E AMULHER TEM.O QUE QUEREM A MAIS? ”

Nós temos hoje 17 assinaturas dos 24 deputados que são contrários a esse projeto por entenderem que a proposta vai contra as famílias do nosso estado, um estado de cristãos.

Não é uma discriminação contra essas pessoas. Os direitos que o homem tem, que a mulher, eles também têm, por que querem mais? É esse o entendimento da maioria da Assembleia. Se essa batata quente tiver que vir para a minha mão, eu vou ter que assumir. Não vou correr desta responsabilidade.

Recentemente Rondônia foi destaque no Fantástico. Numa pequena parcela do estado, Pimenta Bueno e mais dois municípios: de 84 casos de crimes, 83 foram desvendados e elucidados. Mas se somar com a região do Vale do Jamari, onde a criminalidade é grande, isso não representa nada. Segurança pública é um caso sério no Brasil Inteiro. O senhor já tem um projeto para a segurança pública?

É verdade. Foi uma notícia aparentemente positiva, mas foi uma coisa mais local. Eles pegaram Pimenta Bueno, que é pequeno, e fizeram um trabalho que sou testemunha. Pois Ministro Andreazza, onde fui prefeito, era de Cacoal, aonde cheguei com oito anos de idade. E Pimenta Bueno era o município vizinho. Foi feito ali um trabalho pelo delegado regional Araújo que foi elogiado pelo Fantástico e merece ser reconhecido.

“HOJE AS PESSOAS ESTÃO MAIS PREOCUPADAS COM A SEGURANÇA. A VIOLÊNCIA INVADIU A ROÇA”

Se você fizer uma pesquisa hoje e perguntar se as pessoas estão preocupadas com educação e com a saúde, estão. Mas as pessoas estão mais preocupadas com segurança. O primeiro item hoje, que as pessoas mais querem, é segurança. Até porque nós tínhamos preocupação com a cidade, com o setor urbano. Mas hoje, nós temos preocupação na roça, no setor rural onde as pessoas precisam de segurança em função de assaltos lá nas fazendas. A violência invadiu o campo.

Essa é uma preocupação que o governo tem que ter. É um ponto que vamos ter que combater. Na minha avaliação, nós tivemos uma perda no nosso efetivo. E a presença da polícia é importante. No mínimo, ela inibe. A tecnologia na polícia é importante. Com as câmeras instaladas em alguns municípios, já temos conseguido alguns resultados.

O ex-governador Confúcio, que é do nosso partido, fez o que pode. Mas nós temos que avançar mais. Melhorar muito a nossa tecnologia. Mas precisamos ter mais homens, aumentar nosso efetivo. Dez, 12 anos atrás, nós tínhamos um efetivo com oito ou 10 mil policiais. Hoje nós temos 5 mil. Olhe o quanto a população cresceu e a segurança nos preocupou. Veja a diversidade de crimes: assassinatos, assaltos.

“NUM DIA SÓ ASSINEI 70 APOSENTADORIAS DE POLICIAIS

Dez anos atrás as pessoas dormiam com as portas abertas na chácara, no sítio. Não tinha essa preocupação. E a cada dia mais resumido.

Vou dar um exemplo. Eu assumi o governo uma semana (na ausência do governador e do vice), eno primeiro dia, assinei 70 aposentadorias de policiais indo para a reserva. Num dia só!Então, a cada dia nós estamos perdendo pessoas e não estão sendo repostas.

O senhor tem uma fronteira internacional para cuidar que está completamente desassistida, já temos a presença do crime organizado com suas facções e somos corredor de passagem da droga e do contrabando.

Esse é o maior caso. A maior influência dos assaltos é a droga. Dez anos atrás, você não ouvia falar na roça que alguém estava viciado na droga. Hoje, se você tem um comerciozinho, tem que cuidar para não virar uma boca de fumo. E a polícia não tem como dar conta de combater todo isso. Com isso, vai aumentando os assaltos, os homicídios. A pessoa entra num vício desses, sai fora de si, não consegue trabalhar, não consegue ter e aí vai aumentando esse fluxo de insegurança.

... E vai se transformando num encargo para o estado...

...tem que preocupar com a saúde, vira um problema para a família dele. Uma pessoa dependente química dentro de casa assalta até a própria mãe, o próprio pai, para atender a sua necessidade.

O governo federal não deveria ser mais presente com Rondônia?

Esse é um ponto em que deveremos acionar mais nossa bancada junto ao governo federal para priorizar.

E tem aquilo que o governo do PMDB não conseguiu fazer. O ex-governador Confúcio confessou sua tristeza de não conseguir fazer o Heuro (Hospital Regional), o hospital de urgência e emergência, para substituir o João Paulo. Esse seria um compromisso do Maurão?

Com certeza. É um compromisso que precisa dar continuidade. O João Paulo é um hospital de 30 anos atrás. Hoje nós triplicamos a nossa população e o hospital é o mesmo. Apesar de nós termos melhorado o nosso Hospital de Base, os hospitais regionais como Cacoal e até o próprio João Paulo.

Melhorou muito a nossa saúde. Mas só vamos estar libertos de todos esses problemas quando a gente tiver o novo Heuro, que era um sonho do ex-governador, um médico. Estava dentro do Plano de governo dele. E ele cumpriu com 85% desse plano. Ficaram 15% para trás porque, primeiro, faltou nove meses para ele terminar o mandato e segundo, houve impedimento pelos órgãos de controle como o Tribunal de Contas e o Ministério Público. Ainda teve a empresa que ganhou a licitação (do Heuro) e baixou muito o preço e depois teve dificuldade de fazer e abandonou a obra. Isso tudo acabou inviabilizando a construção da obra que está parada até hoje.

“ESPERO QUE O GOVERNO QUE ESTÁ AÍ DESEMBARACE O HEURO”     

Chegando lá, é um ponto que nós vamos dar prioridade. Tem que ser número um. Não porque o Confúcio começou. Porque às vezes as pessoas dizem ‘ah, quero ser um governo diferente, ganhando o governo quero ter a minha obra própria’. Eu não penso assim.

Acho que o que está dando certo, tem de dar continuidade. O governo que ganha tem quatro anos. Passam os quatro anos e o estado continua. A gente tem que pensar no estado, em benefícios. Eu espero que o governo que está aí, exercendo um mandato ainda do PMDB já comece a pegar todos esses embaraços e desembaraçar.

Não é um novo mandato que se inicia?

É. Ele não é do PMDB, mudou tudo, 80% da sua equipe. É uma grande mudança. Se tiver, lá tem 20%, nem sei até quando fica. É um governo diferente. Mas eu, presidente (da Assembleia), mesmo pré-candidato, me coloco à disposição para ajudar o estado, independentemente de que, amanhã ele (Daniel Pereira) venha ser candidato ou não.

O compromisso que eu fiz com o povo de Rondônia é de que não vou misturar período eleitoral, eleição e concorrência. Vou continuar fazendo o meu trabalho (na Assembleia) para que o estado continue crescendo, mesmo com um governo curto, de nove meses.

Até agora, ele (Daniel) afirma que não é candidato. Acho que para o estado é muito bom ele não ser candidato, fechar os quatro anos de Confúcio e entregar o estado para o próximo governo.

Presidente, somos o maior produtor e exportador de peixe de cativeiro para o Brasil inteiro, estamos bem classificados na produção de café, na exportação do boi de corte, mas tem muitas reclamações da maneira de escoar essa produção. Temos estradas que não estão em boas condições, tanto federais quanto estaduais e o nosso famigerado anel viário (de Porto Velho) para tirar essas carretas do centro da cidade para chegar lá no porto. Qual é o seu compromisso com isso?

É verdade. O anel viário já é uma realidade. Ainda não está concluído, mas é um projeto acertado. Esse fluxo de carretas que passa no centro da cidade jamais podemos permitir. Tem que sair fora da cidade. A rodovia está sendo asfaltada. O governo que está aí vai dar continuidade porque já existe recurso para isso. E o futuro governador vai inaugurar.

“EU NÃO VI, EM CINCO ESTADOS, O FLUXO DE CARRETAS QUE TEMOS AQUI”

Mas se falarmos da BR-364, claro que temos que trabalhar com a nossa bancada federal. O governo tem plano para duplicar essa BR. Mas se não tiver dinheiro (para fazer), tem que terceirizar. É a BR mais movimentada do Brasil.

No final do ano tive a oportunidade de passar por cinco estados. Saí de Rondônia e passei por Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e fui até o Rio Grande do Sul. Eu não ví nessas estradas, um fluxo de carretas tão grande como o que passa aqui, em torno de 1.500, 2000por dia.

Nós já temos um projeto, do governo Confúcio, a Estrada do Boi, que ele iniciou, passa paralela à BR-364 e vai diminuir bastante o fluxo de carretas aqui. Os produtores de Cerejeiras, do Cone Sul escoam a maior quantidade soja concentrada ali, com essa rodovia nova que é o futuro governador que vai entregar. Já existe parte do recurso e ela vai diminuir pelo menos 30% das carretas que hoje passam pela BR-364. Mas não é a saída.

A saída é duplicar nossa BR-364 para que a gente possa diminuir o número de acidentes e o tanto de pessoas que perdem suas vidas. Esta semana mesmo perdi um amigo em acidente.

Nessa questão de logística, temos o problema do aeroporto internacional, que internacional ainda não é, e da hidrovia do Rio Madeira, com a recuperação da sua calha, que não evolui. Daqui a pouco começa o Rondônia Rural Show recebendo gente e empresários de todas as partes, inclusive de outros países, que vão questionar justamente esses três pontos. O que o senhor pensa fazer para resolver esses gargalos?

Esse projeto do aeroporto está avançando. O Confúcio trabalhou e agora o governador Daniel está trabalhando nisso, nós temos trabalhado nisso, e já está bastante adiantado. Acho que agora, é questão de dias. E nós vamos poder ter esses voos internacionais. Temos países próximos que hoje estão exportando por Rondônia, usando o nosso porto. A Bolívia está exportando madeira, sal e outros produtos. O caminho é esse aí.

Para pegar um voo até a Bolívia, as pessoas têm que ir a São Paulo...

Isso tem que ser prioridade. Em Rondônia, o nosso ponto forte é a agricultura, é o agronegócio. E esses pontos é que nós temos que trabalhar, sabendo que o nosso estado é um produtor de alimentos. Sabendo a crise que o País passa, temos que ter preocupação com o nosso setor produtivo e com quem produz.

“CHINESES DEIXARAM DE INVESTIR US$ 250 MILHÕES AQUI”

Com o País em crise nós tivemos pique de crescimento...

... acima do da China.

O senhor lembra qual foi o nosso PIB?

Enquanto o País teve uma recessão de até 5%, o PIB do nosso estado cresceu 3, 4, até 7%. O País tava negativo 5%, nós crescemos 7%. Agora que o País voltou a ter equilíbrio, um crescimento positivo, eu penso que Rondônia pode chegar a 9% ou 10% esse ano.

Isso também deve ser resultado do ambiente pacificado entre o executivo e o legislativo que o senhor vem comandando, que deu segurança e estímulo para o empreendedor, para todo mundo.  

Eu vou dar um exemplo. Tivemos no passado uma divergência muito grande entre os poderes legislativo e executivo. E um dia chegou um grupo muito grande de empresários da China. Eles vinham para fazer um investimento de US$ 250 milhões.

Os chineses marcaram audiência com o governador e o secretário da agricultura. A audiência era para a manhã do dia seguinte. À noite, eles foram ao shopping e lá, eles tomaram conhecimento de uma queda de braço entre o presidente (da Assembleia) e o governador.

Naquele momento estava acontecendo uma guerra entre o poder executivo e o legislativo. O secretário da época (Padovani) também foi ao shopping e encontrou três ou quatro empresários (chineses) que representavam esse grupo, fazendo um lanche. Aí falou:

- Oi pessoal! Foi bom encontrar vocês. Oh! A audiência para amanhã confirmada, tá?’

Aí eles falaram:

- Oh! Foibom mesmo a gente se encontrar. A gente não vai mais, estamos voltando’.

- Mas por quê?’

- Não! Nós vimos no jornal que aqui tendo uma guerra política muito grande. Nós não vamos entrar nesse ambiente. O País já está com problema e a gente chega aqui, o estado está com desentendimento político. Não dá para a gente investir aqui. Não sentimos segurança. Vamos te agradecer, mas não vamos fazer esse investimento’.

O próprio secretário me contou isso...

...aí os dólares bateram assas...

...perdemos. Perdemos US$ 250 milhões. Dinheiro que veio para ser investido aqui. Empresários que tinham interesse de comprar alimentos, comprar o que nós produzimos. E eles foram embora. Então, um estado tem que ter harmonia. Se não tem equilíbrio, traz prejuízos. Isso acontece também nos municípios. E quando acontece, nem os políticos investem lá. Se você vai num município e os políticos estão o tempo todo brigando, quem é que ganha com isso? Ninguém. Só perde.

O Candeias (do Jamari) é exemplo: num ano teve quatro prefeitos. Quem é que aguenta isso? As pessoas passam a não acreditar mais. E é preciso acreditar. A tua palavra tem que valer. A pessoa tem que ter crédito. Quando fala, a palavra tem que valer.

 

“O AUMENTO DA COTA DO LAGO FOI MUITO DIFÍCIL DE VOTAR”

 

A semana passada a Assembleia votou projeto autorizando a Santo Antônio Energia a aumentar o volume do lago para gerar mais energia. Com isso, alguns municípios foram beneficiados com verbas compensatórias. Mas a Santo Antônio anunciou que está num processo de quebra, está para falir. Isso é algo preocupante. Como é que o senhor encara isso aí?

Esse projeto ficou um ano e meio na Assembleia. Foi um projeto muito difícil de votar. Até porque teve muito ganho positivo, mas teve muito ganho negativo a vinda das usinas. Claro que aqueceu a economia, gerou empregos. Mas tivemos problemas na segurança, na saúde, com os ribeirinhos, pessoas que foram atingidas. Aí vem a enchente (2014) e a culpa acabou ficando nas costas da usina. Tudo isso era negativo para a Assembleia avaliar e votar. Por isso, demorou mais de um ano para votar o projeto.

Mas, também por conta de tudo isso, nós valorizamos o passe para ajudar os municípios que passam por crise, por dificuldades, e que tiveram perda de receitas em favor da Capital.

“USINA VAI AJUDAR MUNICÍPIOS COM R$ 51 MILHÕES.1ª PARCELA É AGORA”

O que nós fizemos? Durante os debates, vimos o clamor dos municípios. Então pedimos às usinas que compensassem um pouco desse prejuízo que os municípios tiveram, mesmo com um governador parceiro, municipalista.

Aí, com o apoio dos prefeitos e dos deputados, aprovamos o projeto com o compromisso de passar R$ 81 milhões para os municípios, sendo R$ 30 para Porto Velho e R$ 51 milhões para os demais municípios. O que dá R$ 1 milhão para cada um. E o pagamento em três parcelas: junho, julho e setembro. Esse é o compromisso. A 1ª parcela é em junho agora.

Como a Assembleia não pode fazer um contrato com a usina, fez uma intermediação entre a usina e a Associação Rondoniense dos Municípios (Aron) e eles firmaram esse compromisso. Agora, caso ela(Usina Santo Antônio) venha quebrar,é uma situação que tem que ser discutida.

Mas tudo foi combinado com a diretoria para a aprovação destas seis turbinas que, na verdade, já estavam sendo usadas. Eram 44 usinas, mas já tinha as 6 funcionando. Estavam usando, mas precisavam da autorização do Poder Legislativo.

...houve também a questão de as seis turbinas garantirem energia para Rondônia e Acre.  

...E melhorar a nossa energia estadual. Dá mais equilíbrio também no Estado do Acre.  

O governador Confúcio disse, em algumas ocasiões, que se considerava o prefeitão de Porto Velho. Isso com a disposição de ajudar o governo municipal no enfrentamento das carências e diminuir a distância entre a qualidade de vida da Capital e a de vários municípios de Rondônia. Qual será o olhar de Maurão para Porto Velho?

Na verdade, todos os municípios precisam do apoio do governo. O governo tem que ser motivador. O estado é o município. Claro que tem as obrigações que são do estado e as que são do prefeito. O asfalto urbano, por exemplo, é de obrigação do prefeito. Mas Porto Velho precisa de um olhar diferenciado. É um município onde tivemos perdas em algumas administrações.

Porto Velho cresceu muito. Às vezes as pessoas saem daqui e quando chegam a Ariquemes se espantam. Poxa, como é que Ariquemes cresceu tanto e tem um aspecto bonito!

“VEJO PORTO VELHO COM BONS OLHOS. TEM QUE MELHORAR MAIS.”

Porto Velho tem um aspecto que não é como Ariquemes, Cacoal, Ji-Paraná. As pessoas fazem essa comparação. E dá para notar um pouco essa diferença. Mas se você olhar hoje o centro da cidade, Porto Velho melhorou bastante, as construções, os prédios. Melhorou muito. Mas precisa melhorarmais. Precisa do apoio do governo.

O governo precisa ser parceiro do município. Vejo isso com bons olhos. Embora tenha tido crescimento de receita, tem 50% a mais de receita. Então hoje, o prefeito tem dinheiro em caixa para poder executar obras. Tem recurso da bancada federal focado aqui.

Tem ainda um projeto de 200 quilômetros de asfalto urbano do governo Confúcio. Nem tudo foi concluído. Penso que ainda tem uns 80 quilômetros. O próximo governo vai ter que concluir, pois já existe o dinheiro do Proinvest para isso. locado e garantido, tudo no orçamento.

Porto Velho, para melhorar mais, é importante que continue tendo essa parceria. E o Confúcio, a gente tem que reconhecer. Foi o governo que mais olhou para a Capital. Se você olhar 200 quilômetros de asfalto, é muito asfalto. E ainda tem as moradias. São 25 mil casas e apartamentos que foram construídas em Porto Velho.

... criou cidades dentro de Porto Velho. Se você olhar...

...o Orgulho do Madeira é uma nova cidade. 18 mil pessoas. O Cristal, 12 mil pessoas. São maiores que mais da metade das cidades do nosso estado.

“TEM BAIRRO NA ZONA SUL COM 40 ANOS E NÃO TEM ÁGUA. O PROJETO DEU ERRADO”

No entanto, Porto Velho, talvez com meio milhão de habitantes, continua com gravíssimo problema de saneamento básico, de abastecimento de água. E nenhum prefeito vai dar conta disso se não tiver o apoio do governo do estado.

Verdade. Eu tive na Zona Sul, sempre visitei os bairros, e a gente vê que tem bairro com 40 anos que não tem água. Esse é um projeto que deu muito errado. O ex-governador Ivo Cassol, que pregou tanto que ia fazer isso, e o Confúcio que não também não conseguiu. O prefeito Mauro (Nazif) não conseguiu e o prefeito Hildon (Chaves), até agora, não conseguiu. Toda essa conjuntura política ainda não conseguiu resolver esse problema de saneamento básico e fornecimento de água da cidade.

“COM APENAS UMA DENÚNCIA PERDEMOS R$ 700 MILHÕES”

Nós tivemos um projeto grande que, na época, chegou a R$ 700 milhões. E um vereador da época fez com que todo esse projeto fosse inviabilizado. Por isso que às vezes a denúncia, em vez de ajudar, atrapalha. Isso é um exemplo. Os R$ 700 milhões que o vereador denunciou, nem os dois governos do passado resolveram, nem os dois prefeitos também conseguiram. Com apenas uma denúncia, perdemos esses R$ 700 milhões. Se tivermos que corrigir, tem que, pelo menos, triplicar o valor desse recurso. E nós não temos hoje esse recurso para fazer o que devia ter sido, feito. E nem o vereador ganhou com isso.

 

QUEM É

Quarto mais votado nas eleições de 2014, com 16.249 votos, o presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (MDB), 53 anos, nasceu em Tuneiras do Oeste. Chegou ainda menino a Rondônia, morando em Cacoal.

Trabalhou na lavoura de café e a vida na roça o inspirou a defender agricultores. Jovem, foi trabalhar no então distrito de Nova Brasília, hoje município de Ministro Andreazza, onde trabalhou de garçom e cerealista. Comprava e vendia arroz, café e milho.

Este é o seu quinto mandato. Em 23 de setembro de 2017, um sábado, assumiu o cargo de governador por 11 dias. O titular, Confúcio Moura, viajava para a Indonésia, e o vice, Daniel Pereira, para o Peru.

Com dinheiro nos bolsos, chegou a ser preso em 2006 pela Polícia Federal, sob acusação de compra de votos. Em seguida, foi inocentado pelo TSE. O jurista Clênio Amorim conseguiu convencer juízes e desembargadores de que não havia, no processo, prova suficiente para condenar o deputado, que correu o risco de perder o mandato.

 

 

OSMAR SILVA e
PINHEIRO DE LIMA

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