“O Coronel não é capitão”.....

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Em eleição, uma das preocupações que candidatos, alguns deles bem
postados, e coordenações, devem ter cuidado é com o chamado “fogo
amigo” – um termo usado muito na área militar, quando muitas vezes em
combates tropas são bombardeadas pelos próprios aliados.

O Barão de Itararé modificou (e em minha opinião melhorou) uma citação
que, afirmam alguns seria parte da Bíblia: “Dize-me com quem andas que
te direi que és” – deixo a quem entende de Bíblia explicar melhor e se
a citação está lá. Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly,
autodenominado “Barão de Itararé”, deu um novo direcionamento à frase.
Ele a reescreveu: “Dize-me c om quem andas que te direi se vou
contigo”.

Agora, com o returno das campanhas a pleno vapor, o candidato Marcos
Rocha está nitidamente sendo exposto à possibilidade de perder votos,
tudo por causa da mídia inserida no horário eleitoral onde a frase diz
que “Coronel não é capitão”, apresentando-o com “novos amigos”, afora
o senador eleito Confúcio Moura, maioria políticos recentemente
derrotados pelo eleitor. Marcos Rocha está exposto ao “fogo amigo”, e
pelo que tenho ouvido e lido nas chamadas “redes sociais”, ele corre
sério risco de perder votos numa caminhada na qual o que menos ele
esteja querendo é justamente isso: ver reduzido o “capital eleitoral”
amealhado, com certeza, em grande parte no turno, pelo alinhamento do
voto no “capitão” a (do “coronel”) sua pretensão de governar Rondônia.

Como faço sempre quando há um fato de interesse público, vou ouvir
algumas pessoas. E pelo visto não pegaram bem, tanto a frase e as
companhias – afora Confúcio Moura, o único citado como passível de
trazer votos. De um amigo que gosta de História ouvi a frase atribuída
a Winston Churchill, “Se Hitler invadir o inferno me aliarei ao
demônio para derrota-lo”. Mas o mesmo amigo disse que isso não se
aplica agora.

Eu já trabalhei em várias campanhas a governador. Numa delas um cabo
eleitoral, forte liderança em determinado município, fez questão de
levar o candidato a reunir com uma figura que certamente não iria
somar votos. A foto foi feita (perguntem ao fotojornalista Marcos
Grutzmacher), mas coincidentemente, foi a explicação dada depois, “o
filme “velou”.

Em outra candidatura tivemos cuidados até com a possibilidade de, numa
foto colorida, um copo de vidro com guaraná Antárctica pudesse parecer
cerveja ou uísque. A foto não era feita e tirávamos da mesa aquele
copo.

Em 1994 o candidato Chiquilito Erse era apontado como vencedor da
corrida pelo governo do estado. Lembram daquele plástico “Votar em
Chiquilito é chique”? Pois é: tenho informação concreta de que foi
gestado no escritório de um apoiador do Chiquilito. A resposta foi
imediata, e “viralizou” virando votos a favor de Valdir Raupp: “Raupp
é simples”. Lembram?

Com a necessidade de buscar milhares de votos para empatar com o que
seu adversário conseguiu de diferença no turno, Marcos Rocha, com
aquela mídia, vai confundindo o eleitor menos avisado e, pior, fazendo
com que alguns que o mimosearam com seus votos na primeira fase,
comecem a olhar para o outro lado, seja anulando, deixando em branco
ou, pior, votando no adversário.

Considere-se dito!

DATAS DE RONDÔNIA

(15 a 18 de outubro)

Dia 15 – 1915 – O major José Jorge Braga Vieira é escolhido presidente
do primeiro diretório político de Porto Velho, do Partido Republicano
Conservador (Antonio Cantanhede, Achegas para a História de Porto
Velho)

Dia 15 – 1972 – Advogados reunidos em Porto Velho decidem pela criação
da seccional da OAB ((Ata da primeira eleição da seccional da OAB)

Dia 16 – Em 1921 – O pastor Eurico A. Nelson instala a Primeira Igreja
Batista de Porto Velho (Abnael Machado de Lima, Porto Velho – de
Guapindaia a Roberto Sobrinho).

Dia 16 – 1990 – O senador Olavo Pires é assassinado em Porto Velho
(Jornal ALTO MADEIRA)

Dia 18 – 1972 – Theodoryco Gahya toma posse como governador do
Território (Tereza Chamma, Cadernos de Guajará-Mirim)


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