AMAZÔNIA – Saraiva acredita que eleição de Bolsonaro permitiria retomada do Projeto Transfronteira
O rondoniense nato Samuel Sales Saraiva, autor intelectual do Projeto denominado Transfronteira, manifestou hoje (23) o seu apoio e voto no candidato Jair Bolsonaro à Presidência da República. “Se ele vencer, acredito queo projeto poderá se firmar como novo paradigma em termos de consolidação e segurança da faixa de fronteira amazônica”, declarou.
Nos anos 1980, o projeto que propõe a interligação internacional foi alvo de minucioso exame e pareceres favoráveis unânimes emitidos pelo Ministério das Relações Exteriores, Estado-Maior do Exército, Estado-Maior da Aeronáutica e Estado-Maior da Marinha, sem óbice do extinto Conselho de Segurança Nacional.
Saraiva, que reside em Washington DC (EUA), destacou-se no 1º turno como apoiador da campanha do Senador Álvaro Dias (Podemos), a cujo insucesso nas urnas atribui à “desinformaçãooriginada na desigualdade de oportunidades definidas pela legislação, ou pela afronta a ela”. Isso, conforme assinala,“ocorreu desde as sombras pelo poder econômico, manipulação de pesquisas, privilegiando alguns escolhidos na ocupação dos espaços nobres da grande mídia e financiamento organizado e dirigido nas redes sociais”.
AGROVILAS
“Fica o Poder Executivo Federal autorizado a promover acordos com os Governos da Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa, objetivando a construção de uma rodovia ao longo das fronteiras comuns, que no Brasil correspondem às regiões norte e Oeste, para a interligação de agrovilas a serem implantadas” – diz o artigo 1º do projeto.
O autor do Projeto Transfronteira ficou muito insatisfeito com o PT, a quem acusa de boicotá-lo há quase três décadas. O requerimento de apreciação em regime de urgência solicitado por 173 congressistas foi rejeitado e depois arquivado sem apreciação dos méritos em plenário.
Para Saraiva, o atual cenário político é “esquizofrênico”, impondo ao País “alguma insegurança” em relação ao futuro. “É a sensaçãoda possível retomada do poder por petistas”, ele acredita.
O apoio a Bolsonaro, segundo ele, “se deve mais à formação militar do que pela experiência político-administrativa”. Ele acredita que o momento favoreceria a iniciativa presidencial para o retorno do projeto à pauta do Congresso Nacional. “Basta que se consideree se reconheça o exaustivo trabalho dos ministérios civis, militares e das comissões temáticas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em torno de uma proposta estrutural que atenda os objetivos permanentes de segurança nacional, integração regional, preservação ambiental e desenvolvimento sustentável.”
O autor destaca a importância dos estudos socioeconômicosque considerem e deem prioridade à vocação de cada região envolvida.
TUDO POR FAZER
Samuel denuncia a “omissão criminosa”de governos e a própria condição de “avalistas da realidade dramáticaconstatada em fronteiras abertas que favorecem diariamente a produção e o tráfico de drogas; o saque das riquezas nacionais por estrangeiros; e o assassinato de caboclos e índios”.
Segundo ele, o Transfronteira “não permitirá deixar os índios isolados, entregues à própria sorte, totalmente vulneráveis e indefesos com suas flechas frente à covarde ação de narcotraficantes, mercenários e guerrilheiros que os exterminam com poderosas armas de guerras, em busca das riquezas existentes nas reservas”.
CALHA NORTE
Em julho de 2012, Saraiva enviou correspondência ao então comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, opinando que, à exceção do único acesso brasileiro ao Oceano Pacífico, via Rodovia Interoceânica, no Peru, “há tudo por fazer para a integração plena dos sistemas viários dos países que compartem a Bacia Amazônica (Cuenca Amazônica para eles)”.
“O Programa Calha Norte (PCN) concebido pela ótica militar é oneroso, e o Estado sozinho não poderia arcar com a sua ampliação para toda a fronteira brasileira; assim, é necessária a interação de forças entre aqueles que conquistaram a Amazônia além da Linha de Tordesilhas”, assinala.
Criado em 1985 pelo Governo Federal diante de uma preocupação dos militares sobre a causa amazônica o Calha Norte foi concebido quando se propagava a cobiça internacional sobre as reservas naturais estratégicas do País.
Para Saraiva, o êxito do projeto seria alcançado na medida em que o governo coordenasse a ocupação da fronteira com planejamento longo prazo. “Obedecendo à ótica de concepção militar e civil, o Transfronteira fortaleceria o Calha Norte, e conforme atestam pareceres militares a respeito, nessas próprias agrovilas que se transformariam em cidades seriam recrutados os homens para a segurança da fronteira, sem a necessidade de levá-los de regiões longínquas”.
MONTEZUMA CRUZ
Com fac símile de documentos expedidos pela diplomacia e pelas Forças Armadas
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