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Mau exemplo

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ColunistaRedação

Logo que assumiu a prefeitura de Porto Velho, uma das primeiras medidas adotadas pelo prefeito Hildon Chaves foi enviar à Câmara Municipal um Projeto de Lei Complementar unindo as áreas de agricultura, turismo e meio ambiente. Apesar dos avisos de que a ideia redundaria nefasta, o prefeito se manteve inflexível, preferindo apostar na experiência e na capacidade técnica de seus auxiliares. E caiu do cavalo.

Com a mudança, a SEMAGRIC perdeu o status de Secretaria, caindo para Subsecretaria, perdendo, assim, autonomia administrativa e financeira. Até para comprar uma resma de papel o subsecretário Francisco Evaldo de Lima precisa pedir autorização ao seu superior hierárquico. Difícil acreditar que um órgão tão importante para a economia do município de Porto Velho seria reduzido a um apêndice dentro da estrutura organizacional da prefeitura, mas foi exatamente isso o que aconteceu. A chiadeira foi geral.  O vereador Aleks Palitot foi um dos que mais protestou. Em vão.

Se, como disse um aliado do prefeito, à época, a ideia era melhorar a qualidade do atendimento prestado ao homem do campo e, consequentemente, economizar recursos, com a redução de cargos comissionados, vê-se, hoje, que o tiro saiu pela culatra. Se, como dizem alguns, o tempo é o senhor da razão, é também o ralo por onde escorrem as esperanças de muitos e o suado dinheiro do contribuinte.

Nesse período, muitas foram as tentativas para convencer o prefeito a desfazer o imbróglio, até que na tarde de segunda-feira 22, o plenário da Câmara aprovou um Projeto de Lei Complementar devolvendo a SEMAGRIC a sua posição anterior. Os vereadores Aleks Palitot e Ada Dantas aprovaram a iniciativa, exceto pelo fato de o prefeito ter incluindo na proposta a criação de uma penca de cargos comissionados. Não é preciso ser nenhum Mandrake, tampouco ter bola de cristal para saber os que mais serão beneficiados com essas novas sinecuras.

A folha de pagamento da prefeitura continuará batendo seu limite máximo. Não, evidentemente, por culpa dos servidores efetivos, cuja maioria nem se recorda mais quando recebeu um reajuste salarial decente. Os produtores rurais exigiram – e conseguiram – o retorno da SEMAGRIC, ainda que a custa do sacrifício dos que prestam serviços a maquina oficial.

 


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