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FOGO AMIGO PODE PREJUDICAR, E MUITO, BOLSONARO

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ColunistaLúcio Albuquerque

Há algumas colunas anteriores escrevi que o então candidato Jair Bolsonaro tinha problemas muitos, e que não eram apenas os adversários. Citei que um dos problemas eram os agentes do “fogo amigo” – um termo militar que representa quando artilharia e outros bombardeamentos ao invés de atingirem os amigos acertam, mesmo, os aliados que estão na vanguarda.

Sou dos que entendem não haver como admitir a teoria de que “se os outros erraram, por que eu também não posso errar?”. Na campanha parentes de Bolsonaro e aliados várias vezes deram “munição” aos contrários, e estes só não conseguiram melhor êxito por uma mistura de incompetência, excesso de autoconfiança e porque estavam tão desacreditados que ninguém lhes dava qualquer crédito afora, lógico, os envenenados pela incapacidade de pensar, mas que não conseguiam sucesso em suas perorações porque não tiveram o aval da chefia.

Já no dia da posse – dispenso aqui até porque foi interessante o discurso em libras da mulher do Bolsonaro, e dos dois selinhos, porque isso serviu até para dar uma aura diferente e relaxante a uma cerimônia que durou mais de seis horas – a presença de um camarada sentado atrás do presidente e esposa, que, segundo a mídia, era um dos filhos dele, representou, pelo menos, um símbolo desrespeitado, haja vista ser aquele carro um símbolo da própria Presidência.

Agora um grupo de amigos, colegas da igreja onde a esposa do presidente frequenta no Rio de Janeiro, foi convidado a visitar a nova residência do casal, um fato normal, afinal é comum que as pessoas convidem aqueles que lhes são caros a ir conhecer suas novas residências.

Mas no caso do novo endereço do casal presidente aí é outra coisa e, pelo menos, uma regra de compostura básica os visitantes deveriam ter mantido. Pelo que se viu, a coisa descambou para a bagunça e, pelo visto, mais “fogo amigo” para alimentar a artilharia dos adversários (ou seriam inimigos, mesmo?).

O que este eleitor, que continuar acreditando não ter jogado fora seu voto, sugere é que o presidente, com relação aos efeitos perniciosos do “fogo amigo”, não esqueça de Voltaire e seu dito famoso: “Que Deus cuide dos meus amigos, que dos inimigos cuido eu”.

(1) Coluna publicada na sexta-feira, 4 de janeiro de 2019. Pelo visto, a republicação, 3 meses depois, face a sucessivos fatos seguintes, envolvendo praticamente os mesmos personagens, em meu entendimento o texto continua atual.

Lamentável! Sigo as partir dos últimos fatos: é risível, mais que isso preocupante, pelos efeitos que o “fogo amigo" vem gerando, observar que grande parte da artilharia contra o presidente esteja sendo gerado pelos próprios familiares, e que, pelo visto, o presidente deixa claro que age no caso não como chefe da Nação, mas, sim, como pai que sempre releva prejuízos gerados pelos filhos sem aparentar levar em conta o que pode decorrer daí. No caso de Bolsonaro, prejuízos ao Governo e, por extensão, a todos nós. Considere-se dito!

Considere-se dito!

jlucioalbuquerque@gmail.com


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