Quem tem medo do lobo mal?

ColunistaAroldo Vasconcelos

Essa fotografia acima é do mês de março do ano de 2.014 quando todos noticiavam a tal "cheia histórica" do volume de águas do Rio Madeira, que desabrigou entre outras localidades a de São Carlos - distrito de Porto Velho.

Naquele ano o governo do estado de Rondônia e a prefeitura uniram-se com o governo federal para agilizar, por meio da Defesa Civil e outros tantos órgãos , a ajuda necessária para as diversas famílias atingidas.

Eu lembro que oficinas de planejamento por área temática foram coordenadas pelo Executivo no hotel Rondon Palace e até dois barcos com vários técnicos foram destinados por 45 dias a fazer a devida varredura com o corpo de bombeiros nas comunidades do alto e baixo madeira.

O governo estadual recebeu naquela época do Ministério da Integração Social R$ 5 milhões e aqui ainda houve o aporte de mais R$ 9 milhões de reais para o enfrentamento da cheia.

Não quero alarmar ninguém, mas o rio está subindo, de novo; a Bolívia está desde quarta feira com diversos alertas em vermelho e sabemos que hoje já existe o tal de plano de contingências para ser colocado em prática.

Mas o curioso é que não se vê movimentação dos serviços públicos para o deslinde desse plano em nível de preparação e antecipação do que sabemos: pode ser um repeteco em março próximo do que ocorreu há exatamente 60 meses.

Na esperança de que não venhamos a contar e ouvir mais dessas estorias descabidas em abril maio e junho, fica uma boa pergunta, daquelas que registramos nas rodas da nossa infância: Quem tem medo do lobo mal?