Dois exemplos que precisam ser imitados
Num momento em que o Estado de Rondônia enfrenta sérias dificuldades de ordem financeira, com a população clamando pela melhoria da qualidade de serviços nas mais diferentes áreas da atividade humana, como saúde, educação e segurança pública, o anúncio de repasses de recursos ao caixa do Estado pela Assembleia Legislativa e pelo Tribunal de Contas de Rondônia, nas pessoas de seus presidentes, Laerte Gomes e Edilson de Sousa Silva, respectivamente, soa como melodia agradável aos ouvidos da sociedade.
Enquanto presidentes de duas importantes instituições unem forças para ajudar a construir um novo pronto-socorro para atender a população, paradoxalmente, há os que insistem em percorrer o caminho inverso, inchando as folhas de pagamento com a contratação de apaniguados e cabos eleitorais, caçoando dos órgãos de fiscalização e, principalmente, da cara do povo, como se o dinheiro público fosse um repasto à satisfação de interesses pessoais e politiqueiros, indiferentes à dor de muitos que vegetam nos corredores do hospital João Paulo II, e ao sofrimento das famílias que perderam seus entes queridos por motivos óbvios. E ainda se acham no direito de baterem às portas da população atrás de votos.
A atitude dos presidentes da ALE/RO e do TCE-RO mostra que nem tudo está perdido. É a prova cabal de que o bem-estar coletivo só será alcançado através de politicas sociais eficientes e, sobretudo, da cooperação administrativa e política entre governantes, independente de coloração partidária. Tudo, evidentemente, dentro do campo da responsabilidade e da fraternidade.
Eis aí dois exemplos que precisam ser imitados. Não votei no senhor Laerte Gomes, nem sou partidário seu, tampouco indiquei alguém para cargo na ALE/RO, mas não posso, até por uma questão de justiça, deixar de reconhecer e destacar o seu gesto. Quanto ao TCE/RO não é de hoje que respeito e admiro a instituição pelo notável trabalho que desenvolve na defesa dos interesses sociais, calcado, sobretudo, no conhecimento técnico e na imparcialidade de profissionais da melhor estirpe, e, agora, mais ainda, com a decisão do presidente Edilson de Sousa Silva. Há muito que fazer, especialmente nas áreas da saúde, educação e segurança pública, mas se cada um fizer um pouquinho, cortando despesas supérfluas e enxugando a folha de pagamento com comissionados, certamente haverá mais dinheiro para obras sociais.
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