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Desde quando a vida de uma pessoa é “um problema micro”?

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ColunistaValdemir Caldas

A condição de homens públicos impõe posturas que devem respeitar essa dimensão. Há, por parte dos que estão nesse posto, um compromisso de respeito, principalmente para com os que dependem dos serviços prestados pela máquina burocrática, mantida por uma infinidade de impostos extraídos da sociedade.

Desde quando a vida de uma pessoa é “um problema micro”? Só mesmo na cabeça de alguém que não conhece (e, se conhece, não vive) a essência da palavra amor (ao próximo como a ti mesmo, como ensina o evangelista Mateus), sentimento cuja manifestação está definitivamente comprometida com ações que agregam pessoas e se realizam na dimensão mais coletiva.

A tal da regulação pode até existir. O Ministério Público pode até está de olho, como disse o secretário, mas ele não precisava ser tão duro. Poderia ser mais flexível nas palavras, sobretudo no momento difícil pelo qual aquela senhora estava atravessando, prestes a perder um parente.

O amor é o sentimento mais belo e forte que existe no mundo, porque aproxima pessoas umas com as outras e com Deus. Por isso, não se mistura com o egoísmo, que desagrega, separa. São coisas antagônicas. Como escreveu o apóstolo Paulo, aos Coríntios, “o amor é paciente, é bondoso. não inveja, não se vangloria, não se orgulha, não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.

Vivemos num mundo marcado pela insensibilidade de pessoas que se não condoem por nada, nem mesmo diante do sofrimento do seu irmão.  O amor ao próximo e, principalmente, a Deus, está-se esfriando cada vez mais em muitos corações, cedendo lugar ao materialismo, ao individualismo, ao querer, ao ter, a qualquer preço, não importando os meios usados. São expressões máximas da sociedade atual. 

A resposta do secretário a uma pessoa que implorava pela transferência de um familiar do Hospital João Paulo II para o Hospital de Base deixou muita gente chocada e até indignada. São pessoas que acreditam que a população merece ser tratada com mais respeito, especialmente por parte daqueles que assumem funções no espaço público.

Há, da parte de homens e de mulheres desta terra, exigências maiores que esperam ver assumidas, na forma humanitária e responsável por quem administra em nome dos interesses da sociedade. O sentimento experimentado por muitos, hoje, é o da vergonha de ver o Estado de Rondônia ser notícia por esse tipo de conduta.


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