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AS LETRAS CHORAM - Morre, aos 81, o escritor Antônio Bivar

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Autor paulistano também atuou como dramaturgo, roteirista, tradutor e produtor musical

 

RIO — Morreu na tarde deste domingo o escritor, dramaturgo, roteirista e tradutor paulistano Antonio Bivar, aos 81 anos. Ele estava internado no hospital Sancta Maggiori, em São Paulo, e padeceu devido a agravantes respiratórios causados pelo novo coronavírus.

Criado na capital paulista e mais tarde em Ribeirão Preto, Bivar dediciu estudar artes cênicas e se mudou para o Rio, onde se formou pelo Conservatório Nacional de Teatro, na década de 1960. Sua peça profissional de estreia, "Cordélia Brasil" — liberada pela censura apenas após uma manifestação de intelectuais — foi montada em 1968 e lhe rendeu o Prêmio Governador do Estado, em São Paulo.

No mesmo ano, o espetáculo "Abre a janela e deixa entrar o ar puro e o sol da manhã" foi outro sucesso de público e crítica, pelo qual Bivar recebeu o Prêmio Molière de melhor autor, consagrando-o como importante personagem da contracultura brasileira. Em 1970, o artista segue o rumo de outros exilados políticos brasileiros durante o auge da repressão militar e viaja para a Inglaterra. O escritor contaria esse período no livro "Verdes vales do fim do mundo, lançado 14 anos mais tarde.

Ainda na década de 1970, atua como produtor de shows de nomes como Maria Bethânia e Rita Lee. Em 1982, Bivar realiza o festival punk O Começo do Fim do Mundo, em São Paulo. Outras obras de destaque foram as peças "Alzira power" (1969) e "Longe daqui, aqui mesmo" — que renderia uma memória homônima publicada em 1995 —, e os livros "O que é punk" (1982) e "Perseverança", lançado no ano passado.

Fonte: O Globo 


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