Salário mínimo de 2022 segue abaixo da realidade inflacionária | Notícias Tudo Aqui!

Salário mínimo de 2022 segue abaixo da realidade inflacionária

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ColunistaValdemir Caldas

A partir deste mês vigora o novo salário mínimo para todo o país. Confirmando as previsões de especialistas, o valor é de R$ 1.221, porém, segundo estudos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), para garantir as condições básicas de uma família de dois adultos e duas crianças, o valor real do salário mínimo deveria ser de R$ 5.657. O salário mínimo de 2022 segue a baixo da realidade inflacionária, que fechou o ano de 2021 na casa dos dois dígitos.

É de pensar que, durantes as campanhas eleitorais para a presidência da República, Lula e Dilma prometeram, até o final de seus governos, dobrar o valor do salário mínimo. De duas uma: ou eles não sabiam o que estavam dizendo, ou, então, se sabiam, usaram o embuste eleitoreiro para chegar ao poder. Enchem a boca na hora de prometer um salário decente, porém, na hora de anunciar o valor do novo mínimo, não conseguem esconder a decepção. Alegam que o aumento acima da inflação oneraria as folhas de pagamento das empresas e quebraria a previdência social, quando todo mundo sabe que o estado falimentar da previdência é fruto sazonado da roubalheira desenfreada que campeia neste país, com a complacência de políticos, autoridades e dirigentes públicos, e não devido aos míseros salários pagos a aposentados e pensionistas.

Não há dinheiro para pagar um salário justo aos trabalhadores, aos que carregam o país nas costas, aproximando-os, assim, do topo da base da pirâmide salarial, reduzindo os efeitos da concentração de renda, que há muito envergonha qualquer cidadão brasileiro (exceto os tecnocratas da República, que seguem fieis à cartilha da miséria da fome e da mendicância), mas existe grana para alimentar a corrupção que se espalha solta no pasto como bestas-feras, disseminando suas crias nos mais diferentes escalões da República. É comum dizer que, se o Brasil fosse uma empresa, já teria fechado suas portas.  

(*) Por Valdemir Caldas


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