Violência - por que esperar pelo pior?

Muito se tem falado sobre o clima de violência que domina a cidade de Porto Velho, mas pouco ou quase nada tem sido feito para, pelo menos, minimizar a situação. O governo não consegue ir além de discursos, enquanto o quadro só se agrava. É impressionante o descaso com que a violência é tratada no Brasil, tanto pelos governos quantos por instituições, como é o caso da Assembleia Legislativa de Rondônia. Onde estão os deputados estaduais, principalmente os representantes de Porto Velho, que não veem o que está acontecendo com a população?
Pelo amor de Deus! O que os senhores estão esperando? Que o assunto ganhe repercussão nacional para, só então, tomarem alguma providência? Ou estão debatendo alguma medida relâmpago para ser oferecida como paliativo à sociedade e, depois, o esquecimento do problema tem sido o caminho seguido? Por que ninguém cobra ações concretas do governador Marcos Rocha, ao invés de ficarem discutindo o sexo dos anjos? Medo do que cara pálida? Contrariar sua excelência e, com isso, correr o risco de perder eventuais privilégios, com as devidas exceções?
Rondônia precisa de uma política de segurança efetiva. Por que os senhores não exigem isso do governo? O assunto é sério! A segurança da população, um direito constitucional, assegurado no art. 144 da CF, não pode ser tradada com medidas esporádicas, que aparecem nos momentos de eclosão da violência e, depois, são esquecidas numa dessas gavetas da burocracia oficial. Insistir nesse tipo de conduta não é só uma falta de respeito para com o povo, mas, principalmente, brincar com a vida das pessoas, porque os senhores têm seguranças, enquanto a maioria da população vive entregue à sua própria desdita.
Lembrando que o município também pode contribuir com iniciativas que garantam a segurança dos moradores, providenciando a iluminação de praças e parques em áreas mais violentas, como também celebrar parcerias com estado e União para ações conjuntas, além de estabelecer diretrizes de segurança, por meio de planos, secretarias e conselhos, entre outras ações. Por que esperar pelo pior?
(*) Por Valdemir Caldas
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