A Caerd é um caso perdido | Notícias Tudo Aqui!

A Caerd é um caso perdido

Compartilhe:
ColunistaValdemir Caldas

Quando o assunto é abastecimento de água e esgotamento sanitário logo vem à cabeça do morador portovelhense uma palavrinha de cinco letras, desgastada pelo tempo, mas muito conhecida chamada Caerd. Não, evidentemente, pela boa prestação de serviço, mas pelo descaso dispensado à população da capital. E isso não é de hoje. Vem de longe. Entra governo, sai governo, e a situação, ao invés de melhorar, só piora. Até agora, não apareceu governante para colocar a Caerd nos eixos.

O acesso a água potável está assegurado na Constituição Federal como um dos direitos e garantias fundamentais do ser humano, contudo, parece que só a Caerd não sabe disso. Ou, se sabe, finge que não sabe. Isso pode ser facilmente observado na precariedade dos serviços oferecidos à população.  Sinceramente, a Caerd é um caso perdido. Pode fechar as portas e jogar as chaves do fundo do rio Madeira que ninguém vai sentir falta, exceto os que se acostumaram a mamar nas suas flácidas tetas.

A Caerd foi criada para operar, conservar, explorar, ampliar, manter e melhorar os serviços públicos de águas e esgotos sanitários. É o que diz o Decreto-Lei nº. 940, de 04 de março de 1969, porém essas atribuições só existem mesmo no papel. Na prática, a Caerd deixou de cumprir a função social para a qual foi instituída e, quando isso acontece, só há uma saída: a extinção. É ilusão e perda de tempo queimar mirra com a Caerd. Na atual conjuntura, mantê-la é continuar jogar dinheiro público pelo ralo. Riscá-la da estrutura organizacional do estado e entregar à iniciativa privada a operacionalização dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário parece-me a medida mais acertada. Lamento pelos servidores efetivos, mas eles, certamente, serão lotados em outros órgãos da administração estadual.

Por Valdemir Caldas


 Comentários
Noticias da Semana
Dicas para te ajudar
TV Tudo Aqui