EXPLORAÇÃO ESPACIAL - China deve pousar no lado oculto da Lua neste fim de semana
![]() |
Se tudo correr como planejado, a China entrará para a história como o primeiro país a trazer para a Terra amostras do lado oculto da Lua.
Mais um acontecimento espacial importante é esperado para este fim de semana, além do primeiro lançamento tripulado da cápsula Starliner pela Boeing a serviço da NASA: o pouso da missão Chang’e 6, da China, no lado oculto da Lua.
Sobre a missão Chang’e 6:
-
Pesando 8,2 toneladas, a espaçonave Chang’e 6 carrega quatro componentes: um orbitador, um módulo de pouso, um ascendente e um módulo de reentrada;
-
Tudo isso com o objetivo de coletar amostras lunares do lado oculto da Lua, região praticamente inexplorada do satélite;
-
Este é um feito que nenhum país do mundo já realizou;
-
Se tudo correr como planejado, as amostras serão colocadas no veículo ascendente para serem transportadas da superfície para a órbita lunar;
-
Em seguida, haverá a transferência para o módulo de reentrada, que conduzirá os itens para a Terra.
De acordo com o site Space.com, a nave robótica deve pousar no domingo (2), pelo horário de Pequim, que provavelmente seria na noite de sábado (1º) para o Brasil.
Chang'e 6 pre-selected landing area: image of the moon at 42.1°S 154.4°W planned currently for 2nd June.
Image 3 is a detailed image of about 3 km × 3 km, with a resolution of 0.9 m. Looking at the terrain details around here, there are still many small impact craters.
(1/2) pic.twitter.com/UzTeUQzDGI
— 42 (@42Cybertron) May 29, 2024
Área de pouso da missão Chang’e 6 no lado oculto da Lua.
Os países que já trouxeram amostras lunares para casa foram os EUA, a antiga União Soviética e a própria China, que foi a nação mais recente a fazer isso, com a missão Chang’e 5 em 2020. Todo esse material, no entanto, foi coletado no lado permanentemente visível da Lua.
Amostras coletadas no lado oculto da Lua estarão disponíveis via aplicativo
A missão passará três dias estudando sua área de pouso, que fica dentro da Bacia do Polo Sul-Aitken (SPA), a maior e mais antiga bacia de impacto na Lua, e coletando amostras. Esta sequência será seguida pelo módulo de subida carregado por amostras, disparando da Lua para a órbita lunar, para encontro e acoplamento com o componente orbital.
Os materiais recolhidos serão então transferidos para um laboratório de recepção lunar em Pequim para serem descritos e documentados, para a publicação de um catálogo de amostras Chang’e 6.
Representação artística da sonda Chang’e 6 na órbita da Lua. Crédito: CNSA
Em uma entrevista coletiva, James Head, pesquisador do Departamento de Ciências da Terra, Ambientais e Planetárias da Universidade Brown, que tem trabalhado com o quadro de planejadores de exploração lunar da China, disse que a Administração Espacial Nacional da China (CNSA) disponibilizará as amostras para estudo, via aplicativo, para a comunidade científica.
É possível que sejam coletados basaltos lunares que contêm informações sobre processos magmáticos e propriedades do manto do lado oculto.
Relembre o lançamento da missão Chang’e pela China
A espaçonave foi lançada em 3 de maio, às 6h27 da manhã, pelo horário de Brasília (17h27, no horário local de Pequim), no topo de um foguete Long March 5 a partir de Wenchang, na província de Hainan.
Cerca de 37 minutos após a decolagem, a sonda Chang’e-6 se separou do foguete e entrou em sua órbita planejada de transferência Terra-Lua, que tinha uma altitude de perigeu de 200 quilômetros e uma altitude de apogeu de cerca de 380 mil km, de acordo com a CNSA.
Bacia do Polo Sul-Aitken, área de pouso da missão Chang’e 6. Crédito: NASA Goddard
Segundo a entidade, o lançamento foi um sucesso completo. “Coletar e entregar à Terra amostras do lado oculto da Lua é um feito sem precedentes. Agora sabemos muito pouco sobre o lado oculto da Lua. Se a missão Chang’e-6 conseguir atingir seu objetivo, fornecerá aos cientistas a primeira evidência direta para entender o ambiente e a composição material do lado oculto da Lua, o que é de grande importância”, disse Wu Weiren, cientista da Academia Chinesa de Engenharia e projetista-chefe do programa de exploração lunar da China.
O próximo passo é um pouso suave no lado distante. Dentro de 48 horas depois, um braço robótico será estendido para colher rochas e solo da superfície lunar, e uma broca perfurará a superfície. O trabalho de detecção científica será realizado simultaneamente.
Ao final de um total de 53 dias de missão, a espaçonave vai pousar na Região Autônoma da Mongólia Interior, no norte da China.
(olhardigital)
Noticias da Semana
* EMOÇÃO, E PORTAS ABERTAS - Patrícia Abravanel pede perdão a Eliana em nome do SBT
* FESTA FOLCLÓRICA - Veja programação do Flor do Maracujá desta segunda-feira, 24
* ESCAPOU DA EXECUÇÃO - Membros de grupo criminoso atacam homem a tiros próximo da rodoviária
* 'PIXULECO' INSUFICIENTE - Usado para recomeço, auxílio não foi acessado por todos os atingidos
* SOFRIMENTO SEM FIM - Alerta: com chuvas intensas, Guaíba sobe 23cm em menos de 24 horas
* LÍNGUA DE FOGO – Os hipócritas do meio-ambiente perderam a língua
* ELEIÇÕES 2024 EM CABIXI - Prefeito e vice sinalizam por nova dobradinha na eleição de outubro