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Começou o troca-troca de partidos

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ColunistaValdemir Caldas

Aproximam-se as eleições municipais e, com elas, o troca-troca de partidos. Sempre foi assim e, agora, não seria diferente. A final, no Brasil, a política é movida por interesses. Não qualquer interesse, mas, especificamente, interesses pessoais, ainda que flagrantemente contrários às legítimas aspirações da população. Acompanhamos, não é de hoje, a chamada política prostituta, completamente destituída de princípios. Na maioria dos casos, o fisiologismo é quem dá as cartas. Esquecem-se, os que assim procedem, de  que o mandato político não diz respeito às vantagens particulares ou de grupos, mas, sobretudo, à defesa das instituições, do bem-estar social, da nossa cultura, enfim, de tudo aquilo que representa a continuidade da vida nas diferentes esferas de poder.

Por outro lado, poucos são os partidos, verdadeiramente, organizados e atuantes, especialmente no estado de Rondônia. A maioria não contribui em absolutamente nada para a estabilidade econômica e a melhoria da qualidade de vida da coletividade.

Por isso, após cada eleição, cresce o número de apóstatas, como resultado de um processo que se tornou trivial.
Causa espécie, no entanto, é quando um político, na efervescência da campanha eleitoral, promete defender as diretrizes e as cores da agremiação à qual pertence, em nome da coerência e dos seus princípios éticos. Depois, o trânsfuga, inexplicavelmente, muda de sigla, como se muda de cueca.

Se um cidadão pertence a um partido político, ele está, moral, eticamente e ideologicamente obrigado a obedecer às determinações emanadas do comando supremo daquela agremiação, seguindo as recomendações e acatando as normas traçadas.
Ele pode até discordar das orientações da cúpula partidária. Neste caso, restar-lhe-á o recurso puro e natural do desligamento do quadro. Agora, mudar de partido por pura conveniência, é algo inaceitável, porém, é exatamente isso que se tem visto, com as devidas exceções.

(*) Por Valdemir Caldas


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