BANHO PROIBIDO - Seca severa em Manaus interdita banho na Praia da Ponta Negra
Laudos anteriores, do SGB, indicam que o uso da praia por banhistas fica perigoso quando o Rio Negro atinge a cota de 16 metros.
A seca severa que tem ocorrido em Manaus (AM) este ano provocou novamente a interdição, nesta terça-feira (17), de banho na Praia da Ponta Negra, importante ponto turístico na região. Segundo o gerente de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil (SGB) de Manaus, Andre Martinelli, já foram entregues sete laudos desde 2012.
“Por enquanto, as recomendações serão mantidas, e estaremos alinhando um novo levantamento de campo entre outubro e novembro para, assim, entregarmos um novo laudo com as atualizações”, informou.
A interdição ocorre em resposta ao nível do Rio Negro, que registrou cota de 15,99 metros na segunda-feira (16). A Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), anunciou medidas administrativas e de segurança, bem como solicitou laudos do SGB e do Corpo de Bombeiros do Amazonas (CB-AM) para avaliar as condições de balneabilidade. A praia continuará aberta para outras atividades esportivas e de lazer, como o uso do calçadão e áreas de entretenimento.
A iniciativa faz parte dos esforços de enfrentamento da vazante que, pelo segundo ano consecutivo, tem causado grandes impactos no local. Placas de aviso serão instaladas no local, informando os frequentadores sobre a interdição, que seguirá até que as condições de segurança sejam restabelecidas.
Histórico de laudos sobre a Praia
O Laudo Técnico VII da Praia da Ponta Negra, em Manaus (AM) – 2023, elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), indica que as condições do leito do rio, na área aterrada da praia, permanecem similares às observadas em levantamentos anteriores, realizados em novembro de 2012, janeiro de 2013, novembro de 2013, dezembro de 2014, outubro de 2015, novembro de 2018 e novembro de 2022.
A superfície submersa apresenta grande irregularidade, com quedas bruscas de profundidade, tanto no sentido transversal quanto longitudinal. A partir da cota de 16 metros, tomando como referência a estação linimétrica do Porto de Manaus, essas irregularidades no leito se aproximam da margem, o que representa um risco elevado para os banhistas. Tendo em vista a característica da vazante deste ano, é prudente evitar o perigo pela aproximação de usuários a essas áreas irregulares.
No momento, é importante redobrar a atenção, já que a cota do rio está em uma faixa crítica, onde já se observam os desníveis mais acentuados.
Diante disso, o Serviço Geológico do Brasil tem recomendado a realização de estudos geotécnicos para uma melhor avaliação da estabilidade do aterro, especialmente considerando a ocorrência de sucessivos eventos extremos de vazante.
Veja aqui o documento completo.
*Com informações do SGB
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