TRADIÇÃO NO SANGUE - Família Gondim mantém viva a cultura do Boi Malhadinho há quatro gerações | Notícias Tudo Aqui!

TRADIÇÃO NO SANGUE - Família Gondim mantém viva a cultura do Boi Malhadinho há quatro gerações

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De sinhazinha a sinhazinha mirim, a história da família atravessa gerações e celebra o Duelo na Fronteira com paixão e legado.

 

 

O Duelo na Fronteira é uma tradição que passa de geração em geração. Isso não é diferente na família Gondim, que já está na quarta geração representando as cores do Boi Malhadinho. Mery Gondim, de 76 anos, é a matriarca da família e foi a primeira a representar o boi azul em 1986, no papel de sinhazinha da fazenda.

Neste ano, a sinhazinha será representada pela neta, enquanto a bisneta já está se preparando para assumir o posto futuramente, participando como sinhazinha mirim.

Ao g1, Mery revelou que a cultura do boi-bumbá começou com pequenas agremiações que sobreviviam de lendas transmitidas oralmente. Na época, as competições aconteciam entre Brasil e Bolívia. Com o tempo, essas manifestações culturais evoluíram para o que hoje é conhecido como Duelo na Fronteira.

Mery também contou que, no início, as fantasias eram confeccionadas com penas de galinha, obtidas em granjas do quartel a pedido dos organizadores. Apesar de ter acompanhado tantas gerações, ela afirma que ainda pretende participar do festival por muitos anos e sente orgulho ao ver crianças envolvidas na brincadeira.

“Eu sinto orgulho de cada menino que brinca, seja de um lado ou do outro. Eu não sou o primeiro lugar, eu sou a cultura”, declarou.

Olga Manuelly, a atual sinhazinha da fazenda e neta de Dona Mery, compartilha que representar o boi é uma grande responsabilidade, especialmente porque sua avó foi a primeira a ocupar esse posto.

Olga iniciou sua trajetória como sinhazinha em 2011, aos 14 anos, sob a orientação de Dona Mery. Na época, era a avó quem confeccionava os vestidos das netas, mas, devido a um procedimento cirúrgico, ela precisou abandonar a costura.

“Ela sempre fazia meus vestidos à mão. Costurava tudo, bordava tudo, sem usar cola. Mas, no ano passado, por causa da cirurgia, não pôde mais costurar. Mesmo assim, ela está sempre ao lado dos artesãos, garantindo que nada saia errado”, conta Olga.

 Maria Valentina, de sete anos, já está sendo preparada para ser a futura sinhazinha da fazenda. Assim, a família Gondim continua provando que a cultura do boi pode atravessar gerações, perpetuando histórias que ainda encantam.

(G1)

 


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